Economia

Dyogo: reforma da Previdência é divisor de águas na recuperação da economia

Redação Folha Vitória

Rio - A reforma da Previdência é um divisor de águas no processo de recuperação da economia, afirmou nesta quarta-feira, 10, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira. Mais cedo, o ministro havia dito que os dados do primeiro trimestre indicam que o País saiu da recessão.

"Se não tivermos a aprovação da reforma da Previdência, teremos uma reversão desse cenário (de recuperação)", afirmou Oliveira, durante palestra na Rio Money Fair, promovida pelo Instituto Ibmec. "O Brasil está tendo a oportunidade ímpar de fazer as reformas quando ainda tem controle da situação", disse.

Segundo o ministro, pela primeira vez na história, o Brasil não está numa crise em que depende de ajuda externa. "Fazer as reformas agora nos permite fazer de maneira gradual", afirmou Oliveira.

Ainda no tom de alerta, o ministro disse que, sem a reforma da Previdência, o Brasil poderá perder o controle sobre a crise econômica. "Não fazer a reforma nos coloca na situação oposta, em que você perde o controle. É uma crise bancária, uma crise de solvência", disse Oliveira.

Nesse caso, continuou, o País "perde a autonomia". "Terá que se submeter ao escrutínio alheio, adotando reformas duras", afirmou Oliveira, citando os casos de Portugal e Espanha, na crise das dívidas na Europa.

O ministro defendeu a proposta discutida no Congresso Nacional. Segundo ele, a reforma proposta "preserva todos os benefícios concedidos" e, para os que ganham o salário mínimo "praticamente não muda nada". "Dizer que reforma da Previdência é dura é 'fake news'", disse Oliveira.

Para ilustrar a importância da reforma, Oliveira citou o Orçamento deste ano. Segundo ele, os gastos com benefícios previdenciários estão projetados entre R$ 720 bilhões e R$ 730 bilhões, enquanto os investimentos totais somam apenas R$ 30 bilhões. "Como vamos trazer competitividade?", questionou Oliveira. "A aprovação da reforma da Previdência colocará de novo o Brasil na rota de ser aquilo que ele está designado a ser: um dos maiores países do mundo", concluiu o ministro.