Doutores do riso transmitem doses de alegria e amor a crianças hospitalizadas
Com muito humor, voluntários se dividem em grupos de 4 pessoas e aos domingos fazem visitas às crianças hospitalizas que precisam de motivos para sorrir
Rostos pintados, perucas coloridas e muito bom humor são as características que marcam os conhecidos Doutores do Riso. A alegria contagia as paredes do hospital visitado em Vila Velha. O grupo de 4 voluntários espalha sorrisos, brincando com os funcionários e, deixando da porta para fora, qualquer problema da vida pessoal. Afinal, neste dia, eles deixam de ser quem são, por trás da maquiagem de palhaço, e se transformam em incentivadores do riso.
A Organização Não Governamental (Ong) Sorrir Sempre existe há dois anos e meio e foi fundada pelo Lico Barreto. O objetivo é levar animação àqueles que estão debilitados uma vez que as pessoas só se importam com as outras quando tem alguém deficiente ou doente na família. “Como tinha filhas perfeitas e não tinha ninguém doente na família pensei em criar a ONG em forma de agradecimento as muitas dádivas que recebo na minha vida. É uma realidade muito difícil e gostaria de contribuir na vida dessas pessoas, que praticamente moram nos hospitais, com alegria e felicidade”, relatou o idealizador e criador do projeto Lico Barreto.
O projeto abrange o hospital infantil de Vila Velha e, recentemente, foi expandido para o antigo hospital ferroviário, em vila velha. Além de participarem todos os domingos das visitas aos quartos das crianças hospitalizadas, o grupo também faz parte do “Conselho Besteirológico Capixaba”, onde receitam aos pacientes e familiares muito amor, fé e esperança. “Fiquei muito satisfeito com a visita do grupo. Minha filha se sente mais alegre e entusiasmada com a alegria dos “doutores”. É uma excelente iniciativa, ainda mais em um momento assim. O hospital nos deixa muito para baixo”, afirmou Osvaldo Pereira, pai de uma paciente que está internada há mais de uma semana, Osvaldo Pereira.
Além da alegria contagiante que é carregada pelos “doutores”, eles afirmam que o trabalho psicológico por parte dos voluntários precisa ser feito frequentemente, já que nem sempre conseguem prever em quais circunstâncias vão encontrar as crianças. Há momentos em que o coração fala mais alto e não é fácil segurar a emoção. “A menina estava com arritmia cardíaca, e quando o doutor palhaço disse que eu era bonita ela, mesmo ofegante, e sem conseguir falar direito disse que eu parecia uma princesa. Precisei sair do quarto para não demonstrar tristeza”, relatou a universitária “Dra. Soneca”, Brunela Gomes Canal.
E a iniciativa não inspira apenas os pacientes, o grupo afirma que a cada visita aprende um pouco mais sobre a vida em cada quarto. “A importância, no meu ponto de vista é trazer algo diferente para os pacientes. As crianças internadas passam pela imposição do médicos, obedecendo e seguindo as regras o tempo inteiro. Então, fazemos um papel sem obrigatoriedade. Caso as crianças não se sintam á vontade, respeitamos e não brincamos. Sempre sonhei em ser voluntário, pois é uma satisfação enorme levar alegria a quem tanto precisa”, finalizou o coordenador da Ong e “Dr. Trintin”, Daniel Trintin.