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Maratona de Boston tem resultado histórico e show de vitalidade de capixabas

Duas capixabas com objetivos diferentes escreveram capítulos emocionantes em suas vidas na Maratona de Boston, uma das seis principais maratonas do mundo

Flávio Dias

Redação Folha Vitória
Foto: Acervo pessoal

A Maratona de Boston é uma das seis principais provas de maratona do mundo, considerada uma das "6 Majors", ao lado das maratonas de Chicago, Nova Iorque, Berlim, Londres e Tóquio. A 128º edição da prova foi realizada na segunda-feira (15) e marcou um capítulo especial na vida de duas capixabas.

Com objetivos e histórias diferentes, Lyvia Rostoldo e Regina Toneto fizeram bonito e vão voltar ao Estado, entre sexta e sábado, com grandes lembranças na memória gravadas naqueles 42,195km de percurso.

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Foto: Acervo pessoal
Lyvia com a medalha da Maratona de Boston

Lyvia foi nada mais nada menos do que a quarta melhor brasileira na classificação geral da Maratona de Boston. Com o feito, ela se orgulha agora de já ter corrido três das "6 Majors".

"Foi a primeira Maratona de Boston que fiz. Com ela, já fiz agora três Majors (Chicago, Berlim e Boston). Minha colocação foi como quarta melhor brasileira, com 538 brasileiros no total fazendo a prova! Isso significa muito pra mim, principalmente por ser capixaba e por saber que mulheres se inspiram em mim. É um feito enorme para uma atleta que não tem patrocínio nenhum. É uma satisfação pessoal saber que tanto esforço e dedicação foram recompensados", vibra Lyvia, ainda nos EUA.

Ela viajou e correu com o marido, Raphael Ambrozini. Lyvia completou os 42km em 3h06, quatro minutos à frente do marido.

"Corremos juntos a prova praticamente toda, mas no km 41 ele teve uma câimbra e precisou andar um pouco, eu continuei sozinha", conta.

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CADÊ O FRIO?

Moradora de Vitória, ela é personal trainer e fez toda a preparação na capital do Estado. Em Boston, foi preparada para encarar o frio que costuma ser habitual na época da maratona. Mas acabou surpreendida pelo clima.

"A prova normalmente é bem fria! Viemos preparados para isso! Trouxemos muitas roupas de frio, capa de chuva, porém, acabou que fez muito calor na prova. Começamos com quase 17ºC e terminamos com uns 26ºC. Não nos ajudou, porém, não nos prejudicou também porque nos treinamos em Vitória, né? E aí é bem quente", lembrou.

Com a medalha e uma colocação histórica na bagagem, Lyvia chega no sábado (20) a Vitória para já iniciar a preparação para os seus próximos desafios.

"Meus próximos desafios são a Meia Maratona do Rio, em maio, na qual quero melhorar meu tempo. E a Maratona de Porto Alegre, em junho, onde vou tentar correr num tempo abaixo de 3 horas", avisou.

VITALIDADE AOS 62 ANOS

Enquanto Lyvia Rostoldo corre em alta performance, Regina Souza Toneto aproveita a corrida de uma outra forma.

Foto: Acervo pessoal
Regina fez a Maratona de Boston aos 62 anos

"A corrida pra mim é uma sensação de liberdade e realização. Durante os ciclos de maratona, tenho aprendido a depender e a confiar em Deus, sabendo que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito", conta Regina.

Ela encarou a Maratona de Boston aos 62 anos de idade. Foi a sua quarta prova de maratona.

"Minha primeira foi a Maratona de Vitória no dia 12 de setembro 2022. A segunda foi a 27ª Maratona Internacional de São Paulo, no dia 2 de abril 2023, e a terceira foi novamente a Maratona de Vitória, no dia 27 de agosto 2023", lembra, com detalhes, Regina.

Aluna do ultramaratonista Carlos Gusmão, ela decidiu encarar a prova nos Estados Unidos depois de correr a Maratona de Vitória do ano passado. encarou três meses de preparação forte, com muitos treinos e com apoio do fisioterapeuta Elis e da nutróloga Dra. Juliana. No fim, sentiu que tudo valeu a pena.

"Cruzar a linda de chegada da Maratona de Boston foi incrível! Uma sensação de gratidão a Deus e a todos que se alegraram e torceram por mim, superação, realização e uma felicidade tão grande que senti do início ao fim!", comemora Regina, que mora em Santa Mônica, em Vila Velha, e chega nesta sexta-feira (19) ao Estado.

"Só tenho a agradecer. Primeiro a Deus que me permitiu viver este momento cuidando de cada detalhe. Meus agradecimentos ao meu marido, Jovaldir, que me apoiou durante todos os treinos e teve muita paciência comigo. Aos meus familiares, à minha igreja e aos pastores, às amigas e aos profissionais de saúde que me apoiaram e ajudaram muito", agradeceu a corredora, que após a maratona aproveitou a estadia nos EUA para matar a saudade da filha e das duas netas.

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