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Sob forte segurança, França bate Itália no rúgbi na reabertura do Stade de France

O presidente francês, François Hollande, marcou presença. "Eu queria estar presente para este evento esportivo, no Stade de France, porque a vida continua", disse no Twitter

Redação Folha Vitória
Presidente francês voltou ao estádio pela primeira vez após atentados Foto: Divulgação

Paris - A partida de rúgbi entre França e Itália, pelo Torneio das Seis Nações, marcou neste sábado a reabertura do Stade de France, 85 dias depois dos atentados suicidas cometidos por três homens-bomba. Com segurança reforçada, o clima foi de tranquilidade dentro e fora da arena de Saint-Denis, na periferia de Paris. No gramado, os anfitriões venceram apertado por 23 a 21.

O presidente francês, François Hollande, marcou presença. Em 13 de novembro, ele precisou deixar o estádio no primeiro tempo do amistoso de futebol entre França e Alemanha por conta das explosões. "Eu queria estar presente para este evento esportivo, no Stade de France, porque a vida continua e devemos oferecer eventos como este", escreveu o político em sua conta no Twitter.

A maior parte dos torcedores utilizou o transporte público para chegar à localidade. Cerca de mil policiais trabalharam nos arredores. Quem tinha o ingresso, precisava passar por duas revistas em pontos diferentes até conseguir ingressar ao Stade de France. Os carros estacionados irregularmente foram guinchados.

"Não lembro de uma competição com tanta segurança", comentou Robert Broussard, chefe de segurança da Federação Francesa de Rúgbi, ao jornal francês L'Equipe. "Esse jogo acontece em um contexto muito particular".

No primeiro perímetro fechado pela polícia, a 50 metros do estádio, torcedores tinham as mochilas revistadas. Próximo ao portão de entrada, outra revista com detectores de metal. Quem chegava parecia ignorar tamanho aparato. A maioria tomava a sua cerveja e comia nos bares próximos.

"Não dá para entrar nessa paranoia. Você só tem que deixar o problema fora", disse o francês Richard Bertholet, de 41 anos, na entrada do estádio. "Sou de Paris. Estou acostumado com isso agora. Me mudei para cá 20 anos atrás, quando aconteceram os ataques na estação de trem Saint-Michel. Não dá para ficar pensando no que pode acontecer", completou.

Na avenida Jules-Rimet, em um café onde um dos homens-bombas se explodiu, torcedores bebiam normalmente. Com capacidade para 80 mil pessoas, o estádio não ficou lotado, mas os torcedores cantaram em alto e bom som o hino francês, com bandeiras nas cores do país.

Os atentados de 13 de novembro deixaram 130 mortos em Paris e Saint-Denis. Por causa da ameaça de novos ataques e também do estado de emergência no qual o país está mergulhado há dois meses e 23 dias, além dos mil policiais, mais 250 voluntários foram recrutados pela Federação Francesa de Rúgbi para orientar os espectadores.

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