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Medalhistas de ouro, capixaba Alison Cerutti e Bruno Schmidt chegam a Vitória e fazem carreata

Os medalhistas que fizeram história no Rio de Janeiro, agora vêm a Vitória celebrar o ouro com os capixabas e familiares. A dupla deve deixar o Estado já no domingo, quando viaja para os EUA

Alison e Bruno fizeram uma carreata em cima de um caminhão do Corpo de Bombeiros Foto: Fred Loureiro/Governo do ES

Os medalhistas olímpicos Alison Cerutti e Bruno Schmidt desembarcaram em Vitória, na manhã deste sábado (20). Um caminhão do Corpo de Bombeiros aguardava os atletas de medalhistas de ouro, no vôlei de praia masculino. A carreata contou com um buzinaço pelos principais pontos de Vitória.

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O Brasil atingiu o lugar mais alto do pódio no vôlei de praia ao vencer a grande final no masculino dos Jogos Olímpicos Rio 2016. A vitória consagra o capixaba Alison Cerutti e o brasiliense Bruno Schmidt, que juntos, levaram o país a conquista de uma medalha de ouro na modalidade após 12 anos.

De acordo com a assessoria de imprensa da dupla, os atletas vão passar pouco tempo no Espírito Santo. A intenção é passar algumas horas com a família e viajar, já no próximo domingo (21), para os Estados Unidos.

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O jogo do ouro

A dupla festejou a vitória Foto: Estadão Conteúdo

Em um confronto simplesmente emocionante, a dupla brasileira superou os italianos Paolo Nicolai e Daniele Lupo por 2 sets a 0, na noite da última quinta-feira (18), na Arena do vôlei de praia, em Copacabana. O capixaba, experiente em grandes decisões, havia conquistado a medalha de prata nos Jogos de Londres, quando fazia dupla com Emanuel. Com a vitória no Rio, Alison se torna o primeiro capixaba a levar uma medalha de ouro olímpica.

Brasileiros repercutem vitória do capixaba nas redes sociais

Alison ressaltou a força da parceria com Bruno e afirmou que as derrotas ensinaram muito à dupla, que se superaram em diversos da Olimpíada. O capixaba revelou a sensação de subir ao lugar mais alto no pódio.

"Ser medalhista de ouro é incrível, cara. Não caiu a ficha, nem vai cair tão cedo. É a realização de um sonho para o meu País, que merece. Nós, o povo brasileiro, trabalhamos muito, acordamos cedo, e só temos notícias ruins. Esse povo merece todo esse carinho e essas coisas boas", disse.

De olho em Tóquio 2020

Alison e Bruno se juntaram no começo do ano de 2014 Foto: CBV/Divulgação

Alison e Bruno Schmidt mal comemoraram a conquista do ouro olímpico em casa e já estão de olho nos Jogos de Tóquio, em 2020.

No dia seguinte à vitória sobre os italianos Paolo Nicolai e Daniele Lupo no vôlei de praia, Alison “Mamute”, ainda sem dormir, conta que a próxima Olimpíada está nos planos e a dupla deve continuar enquanto houver objetivos comuns. “Com certeza (Tóquio) está nos nossos planos”, afirmou, em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo.

Estadão: As personalidades opostas de vocês acabaram se misturando?

Alison: Sem dúvida. Ele é um cara totalmente diferente da minha personalidade, mais introvertido, na dele. No gosto musical, na alimentação, no modo de vestir. Eu sou totalmente eclético. A gente se completa porque respeita muito um ao outro. Na quadra, já sou um pouco mais quieto como ele, às vezes. Em outras, ele é mais explosivo, como eu. É um “casamento” de amizade, respeito e, principalmente, confiança.

E: Quanto tempo vai durar?

A: O futuro é difícil ver agora. Acabei de ganhar uma final, ser campeão olímpico. Enquanto o time Alison e Bruno tiver a mesma mentalidade e vontade de vencer, vamos continuar juntos.

E: Você jogou no sacrifício após torcer o tornozelo na primeira fase?

A: Meu nome poderia ser Alison Conte Cerutti Superação. Tive tantas dificuldades na minha carreira, seja fisicamente, dentro ou fora de quadra. A lesão de agora não foi séria, mas foi uma torção. Joguei medicado e usei a bota como proteção. No jogo (contra a Itália, na fase de grupos) senti muita dor. Depois, não senti mais nada. Foi até bacana porque usando a botinha tirei um pouco da pressão sobre o Bruno, por estar na primeira Olimpíada. A Espanha, jogo em que fiz mais pontos (37), sacou só uma bola nele. Foi uma tática (risos).

Leia a entrevista na íntegra.

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