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Caso Clarinha: resultados de exames de famílias devem sair nesta semana, diz polícia

Pessoas de 6 estados, mais o Distrito Federal, realizaram exames para verificarem se são parentes da "paciente misteriosa", que morreu após 24 anos em coma

Maria Clara Leitão

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução / TV Vitória

Famílias de seis estados do Brasil, mais o Distrito Federal, realizaram exames de DNA para verificarem se são compatíveis com Clarinha, a paciente misteriosa que morreu após passar 24 anos em coma no Hospital da Polícia Militar do Espírito Santo (HPM-ES) em Vitória. Ela morreu no dia 14 de março deste ano.

Três análises ainda estão em andamento. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (24) pela Polícia Científica do Espírito Santo (PCIES), que destacou que a estimativa é que as análises sejam finalizadas ainda nesta semana.

Desde a morte de Clarinha há uma indefinição sobre quem vai identificar e liberar o corpo para enterro, já que ela não tem parentes reconhecidos. O corpo está desde março no Departamento Médico Legal (DML), em Vitória.

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A partir dos resultados, serão feitos os procedimentos legais de liberação de corpo, para a possível família identificada ou, no caso de resultados negativos, para o coronel Jorge Potratz, médico que cuidou de Clarinha no hospital e acabou se tornando o "responsável" por ela.

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Clarinha foi apelidada desta forma por conta da cor de pele muito clara. Ela foi atropelada em Vitória no dia 12 de junho de 2000. No dia do acidente, não portava nenhum documento de identificação. Desde a época, ela ficou 24 anos internada em coma no HPM.

Durante as análises, algumas amostras de DNA foram encaminhadas para comparação em outros estados do país. Duas ainda estão em andamento, uma pelo Instituto de Pesquisa de DNA Forense da Polícia Civil do Distrito Federal e outra da Superintendência de Polícia Técnico Científica de São Paulo. 

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Ao longo das investigações, famílias de Brasília, da Bahia, Espírito Santo, Paraná e Minas Gerais se submeteram aos exames de necropapiloscopia - que realiza a identificação após a morte. Entretanto, os resultados foram negativos.

Além disso, foram analisados quatro casos de São Paulo, onde dois laudos necropapiloscópia deram negativos e um outro laudo de DNA também negativo. Mas, ainda há análise de necropapiloscópia em andamento.

Suspeita de sequestro

Uma das hipóteses levantadas sobre a verdadeira identidade de Clarinha é de que a paciente seria uma bebê sequestrada no ano de 1976 no município de Guarapari.

Em meados de 2020, uma equipe composta por um perito e três papiloscopistas da Força Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, que atuou no Espírito Santo, tomou conhecimento do caso. Após exames faciais, concluiu que Clarinha tinha compatibilidade com a menina.

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Apesar da suspeita, um exame de DNA descartou a possibilidade de Clarinha ser a menina desaparecida há quase 50 anos.

A informação foi confirmada pela Polícia Civil de Minas Gerais, após um confronto de dados genéticos, entre a paciente internada em Vitória e a família da criança.

Em 2016, mais de 20 pessoas realizaram exame de DNA para verificar se possuíam algum parentesco com a mulher. 

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