Após um ano desaparecido em Minas Gerais, morador de rua é encontrado em Vila Velha
O reencontro aconteceu na última segunda-feira (1º) e foi possível após Márcio chegar, há um mês, ao abrigo Bom Samaritano, em Vila Velha, e contar com a ajuda de assistentes sociais
Após um ano vivendo nas ruas de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e em abrigos, Márcio Luiz Medeiros, 48 anos, conseguiu localizar a família e retornou para o convívio de casa em Juiz de Fora, Minas Gerais.
O reencontro aconteceu na última segunda-feira (1º) e foi possível após Márcio chegar, há um mês, ao abrigo Bom Samaritano, em Vila Velha, e contar com a ajuda das assistentes sociais que iniciaram um trabalho de investigação e busca por familiares.
Após nove horas de viagem, a filha de Márcio, a estudante Letícia Medeiros, 19 anos, e a irmã, a aposentada Rita de Cássia Medeiros, 55, chegaram à cidade para um reencontro emocionante.
Depois de um abraço no pai, Letícia contou sobre a felicidade em revê-lo. “Depois de um ano a gente espera por tudo, já cheguei até pensar o pior, que ele estivesse morto. Estou aliviada e muito feliz por ele estar bem e poder levá-lo pra casa. Foi muito ruim saber que ele estava vivendo nas ruas e passando por situações difíceis sem que pudéssemos fazer nada, por isso sou muito agradecida as assistentes sociais que o ajudaram e chegaram até nós”, disse a estudante.
Já Márcio disse estar feliz em poder voltar para casa. “Agradeço a todos que me ajudaram aqui. Estou muito feliz em rever minha filha e irmã, a família é a base de tudo”. Sobre os planos a partir de agora, Márcio conta que está ansioso para rever seus netos e arranjar um emprego o quanto antes.
De acordo com a assistente social da Prefeitura de Vila Velha, Luciana Carlos Pereira, após dar entrada no abrigo, Márcio foi encaminhado para uma Unidade de Saúde, onde o medicaram e constataram que o paciente sofria de esquizofrenia paranoide. “Desde então começamos a realizar buscas aos familiares de Márcio para tentar levá-lo de volta para casa. O contato foi possível por meio do cartão do Sistema Único de Saúde (SUS) de Márcio”, disse a assistente social.
Luciana conta que este é um caso de grande sucesso para o serviço social. “Ele está respondendo bem ao tratamento e quando esse tipo de transtorno é tratado, o indivíduo não aparenta ter a doença e os surtos cessam, podendo viver uma vida normal em sociedade”, finaliza.