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Febre chikungunya: você sabe como prevenir essa doença?

As medidas já são conhecidas pela população, pois são iguais às adotadas contra a proliferação do mosquito da dengue

Apesar de ter um nome complicado, a febre chikungunya é uma doença que pode ser prevenida de um jeito simples. As medidas já são conhecidas pela população, pois são iguais às adotadas contra a proliferação do mosquito da dengue.  

Segundo a gerente de Vigilância em Saúde do Estado, Gilsa Rodrigues, não há motivo para a população se alarmar, mas ela alerta que todos devem trabalhar para reduzir a possibilidade de disseminação da doença eliminando os focos de criação dos vetores – veja orientações no final da matéria. 

Conforme explica Gilsa, a febre chikungunya é uma doença viral transmitida pelo mesmo mosquito que causa a dengue, o Aedes aegypti, e também pelo mosquito Aedes albopictus, que não é novo no Brasil. “Ele é, inclusive, mais comum que o aegypti. Entretanto, esse vetor não possuía relevância no contexto da dengue, e passou a ter atenção por ser um dos transmissores da febre chikungunya”, complementa. 

Precauções 

De acordo com Gilsa, é esperado que a febre chickungunya chegue ao território capixaba, já que o Espírito Santo possui os vetores da doença, as condições climáticas favoráveis para que eles se reproduzam e há casos se manifestando em estados vizinhos.  

A gerente explica que não há como prever a dimensão que a doença vai tomar no Estado, por isso a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) tem orientado a população e está agindo em parceria com os municípios. “Profissionais da Vigilância Estadual têm ido a treinamentos em Brasília nos últimos meses. Nós já solicitamos aos municípios um plano de contingência e programamos reuniões e capacitações para a rede de atendimento”, explica. 

Nesta semana, haverá reunião com as coordenações de Vigilância em Saúde dos municípios e com referências técnicas da dengue no Estado e nas cidades da Região Metropolitana de Vitória. E no dia 06 de novembro será promovida uma capacitação com foco em médicos de hospitais e da atenção básica e enfermeiros que atuam na classificação de risco.

A população e a rede de atendimento também contam com um reforço de informações no site da Sesa. Na seção “Informações ao Cidadão”, estão disponíveis documentos detalhados sobre a doença, o manejo clínico e o fluxograma de atendimento, entre outros dados.

Semelhanças 

A referência técnica do Núcleo Estadual de Vigilância Epidemiológica, Theresa Cristina Cardoso da Silva, esclarece que tanto o aegypti quanto o albopictus circulam durante o dia e são as fêmeas que picam porque precisam de sangue para promover a maturação dos ovos. Ambos se adaptam bem em climas quentes e antes gostavam de água mais limpa, mas agora se reproduzem até mesmo em água pouco poluída.  

Há semelhanças também com relação aos sintomas da febre chikungunya e da dengue. Theresa explica que as duas causam febre, dores no corpo, dores nas articulações, vômito e lesões na pele.  

“O que chama atenção na chikungunya é que alguns casos evoluem com uma dor articular que não passa e é de difícil controle. Uma dor que pode chegar a ser incapacitante. Há registros em outros países de ser uma dor que pode permanecer durante anos. Essa é a grande diferença entre as duas doenças”, detalha Theresa. 

Ajude a eliminar os focos da dengue e da febre chikungunya 

Limpe o quintal, jogando fora o que não é utilizado;
Tire água dos vasos de plantas;
Coloque garrafas vazias de cabeça para baixo;
Tampe tonéis, depósitos de água, caixas d’água e qualquer tipo de recipiente que possa reservar água;
Mantenha os quintais bem varridos, eliminando recipientes que possam acumular água, como tampinha de garrafa, folhas, sacolas plásticas etc.;
Escove bem as bordas dos recipientes (vasilha de água e comida de animais, vasos de plantas, tonéis, caixas d’água) e mantenha-os sempre limpos.