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Servidores da Saúde vão parar atendimento em hospitais do Espírito Santo

O CRE deixará de realizar atendimentos como consultas médicas, de farmácia, teste ergométrico, órtese e prótese, entre outros procedimentos para a população

Hospital Infantil de Vila Velha será prejudicado com a paralisação  Foto: TV Vitória

Pelo menos oito hospitais estaduais vão ter suas atividades paralisadas a partir da zero hora da terça-feira (15). A paralisação é liderada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Saúde no Espírito Santo (Sindsaúde-ES), que promete retornar apenas na próxima sexta-feira (18). 

Além da reivindicação por melhores condições de trabalho, o movimento reivindica ainda recomposição salarial dos últimos 12 meses, conforme a inflação do período, e concessão do auxílio alimentação.

Serão atingidos hospitais como São Lucas (no HPM, em Vitória), Infantil de Vitória, Himaba (Infantil de Vila Velha), Antônio Bezerra de Farias (Vila Velha), Dório Silva (Serra), Geral de Linhares (HGL), Estadual de São José do Calçado, Jones dos Santos Neves (Baixo Guandu), além do CRE de Cachoeiro de Itapemirim, Crefes (Vila Velha), e CRE Metropolitano (Cariacica), e muitas outras unidades.

Apenas os casos de urgência e emergência serão atendidos. Nos quatro dias de paralisação os serviços que dependem de profissionais como técnicos e auxiliares de enfermagem, técnicos de laboratório, e técnicos de imobilização ortopédica, entre outros, vão parar. Consultas ambulatoriais, exames e procedimentos como retirada de gesso, remoção de pontos, e aplicações de injeções não acontecerão.

Durante os dias de paralisação a população usuária acaba sendo prejudica. “No CRE Metropolitano, em Cariacica, o usuário pode passar o dia inteiro na unidade, aguardando uma consulta, fazendo exames. Porém, ele não tem um restaurante adequado, se alimenta em local inapropriado. Os banheiros estão em péssimas condições”, informa a diretora do Sindsaúde, Marise Gomes dos Santos.

Segundo ela, o CRE deixará de realizar atendimentos como marcação de consultas médicas, de farmácia, teste ergométrico, órtese e prótese, entre outros procedimentos.

Além das reivindicações comuns a todas as categorias, os trabalhadores da Saúde voltam a apresentar  a pauta das más condições de trabalho. A realidade nos hospitais estaduais é de pacientes sendo entubados no chão e medicados em pé.