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Pessoas com interesses políticos e indústria armamentista disseminaram terrorismo digital no ES, diz secretário

Segundo Eugênio Ricas, a manifestação que paralisou as atividades da PM em todo o ES serviu de pano de fundo para interesses políticos e econômicos

As investigações continuam sendo realizadas Foto: Divulgação

O secretário de Estado de Controle e Transparência (Secont), Eugênio Ricas, afirma que o terrorismo digital que foi praticado durante a paralisação da Polícia Militar foi praticado por pessoas de fora do Espírito Santo.  O secretário não revela os partidos políticos ou nomes porque as mensagens estão sendo investigadas. 

“Todo o terrorismo digital que foi praticado e a gente pode falar que foi um terrorismo digital porque pretendeu disseminar o pânico na sociedade, paralisar o transporte público, paralisar o comércio, ele foi realizado por pessoas que nada tem a ver com o Espírito Santo. Não foram os policiais militares do Espírito Santo em sua maioria, não foram os cidadãos capixabas, foram pessoas de fora do Espírito Santo que tinham interesses políticos, interesses econômicos e, inclusive, ligados a indústria armamentista para disseminar o pânico e para fomentar um movimento que tinha um pano de frente para esses interesses exclusos”, afirmou. 

De acordo com um levantamento realizado pelo jornal Estado de São Paulo em conjunto com especialistas em redes sociais revelou que, entre os nomes que constam na rede de apoio ao movimento que paralisou as atividades da Polícia Militar em todo o Espírito Santo, estão o do Capitão Assumção  e o deputado federal Carlos Manato (SD – ES), ambos aliados do deputado federal Jair Bolsonaro do PSC do Rio de Janeiro

Apesar da divulgação dos nomes, o secretário Eugênio Ricas diz que o momento é de investigação e, por isso, não divulga nomes. Mas ele deixa claro que existiram interesses políticos na paralisação das atividades da PM. 

“A gente evita falar em nomes, em coligações e em posicionamentos partidários, mas os fatos apontam sim para a existência de interesses políticos e econômicos que motivaram todo esse processo”.

Ricas disse também que todo o material divulgado no período da manifestação que foi realizada pelas mulheres de policiais militares, além de parentes e simpatizantes da causa foi repassado para os órgãos de investigação. 

“Já foi compartilhado e continuará sendo compartilhado com as polícias judiciárias que são as responsáveis pelas investigações, tanto a Polícia Civil quanto Polícia Federal e com o Ministério Público Estadual e Federal para que cada um atue na sua área de competência”. 

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