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Sobrevivente de tragédia internado na Serra teve 95% do corpo queimado, diz diretor de hospital

O irmão de uma das vítimas que está internada no Hospital Jayme Santos Neves veio de São Paulo para acompanhar o tratamento. Outras duas vítimas seguem na UTI

O médico disse que quatro vítimas deram entrada no hospital Foto: TV Vitória

Das quatro vítimas graves, do acidente na BR 101, em Guarapari, que foram levadas para o Hospital Jayme Santos Neves, na Serra, uma não resistiu. De acordo com o médico e diretor técnico do hospital, Eric Gaidher, o estado de um dos pacientes era tão grave que ele não resistiu aos ferimentos e morreu na tarde da última quinta-feira (22).

“Uma vítima foi encaminhada diretamente para o centro cirúrgico, em virtude da gravidade das lesões apresentadas. Ela foi operada e havia múltiplas lesões intra-abdominais, inclusive lesões cardíacas. Por conta da gravidade, esse paciente não resistiu e acabou morrendo no final da tarde de ontem”, afirmou o médico.

Segundo o diretor técnico do hospital, os outros três pacientes estão sendo cuidados no Centro de Tratamento de Queimados. “Dois estão na UTI [Unidade de Terapia Intensiva] e um na enfermaria. Um dos pacientes, que apesar de ter sofrido lesões de queimaduras de terceiro grau, comprometeu 12% da superfície corporal, está acordado, lúcido, orientado, conversa, interage conosco sempre que o abordamos”, disse.

O irmão da vítima pediu mais fiscalização nas vias Foto: TV Vitória

Esse paciente é irmão de Diógenes Guimarães, que veio de São Paulo para acompanhar o tratamento. “Ele está bem, está reagindo bem. As queimaduras no braço e na cabeça não causaram danos maiores, mas a gente sente pelas outras famílias que não tiveram essa mesma oportunidade de encontrar o parente com vida e consciente, que é o mais importante hoje. Meu irmão poderia ter deixado para trás uma filha, que é ainda criança, irmã e mais sete irmãos. Ele não deixou, mais outros deixaram”, afirmou.

Os outros dois pacientes que estão no hospital seguem em estado grave. Um deles, de acordo com Gaidher, teve 95% do corpo queimado. “Isso o mantém em um estado de criticidade muito grande. Já a terceira paciente tem 47% do corpo queimado, mas está lúcida, acordada e consciente”, relatou.

Já sobre o acidente, Guimarães disse que é preciso ter mais fiscalizações nas estradas para que inocentes não paguem pela imprudência. “A gente pede a Deus que possa estar confortando as famílias daqueles que não tiveram a mesma oportunidade de encontrar o parente com vida. Infelizmente a gente também tem a certeza que é imprudência de motorista, de empresa que não cuida de veículo, de uma carreta com 11 toneladas acima do peso, com pneu careca, falha mecânica. Infelizmente foram 22 vítimas fatais. A gente pede a fiscalização de rodovias que ajude, pois não é justo famílias inocentes pagarem por imprudência”. 

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