Polícia

Maranata: testemunhas serão ouvidas só em dezembro

A Justiça ouviu nesta quinta-feira duas testemunhas de acusação convocadas pelo MP-ES. As outras cerca de 20 testemunhas serão ouvidas a partir de 1º de dezembro

Membros da Igreja Maranata são suspeitos de cometerem crimes Foto: Divulgação

A Justiça começou a ouvir nesta quinta-feira (28) as testemunhas de acusação do caso dos líderes da Igreja Maranata denunciados pelo Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES) por crimes como de estelionato, falsidade ideológica e outras fraudes, bem como crimes de descaminho, tráfico de influência, formação de quadrilha, enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro contra a fé pública e ordem, tributária.

O Tribunal de Justiça do Estado (TJ-ES) e o MP-ES não podem passar nenhum tipo de informação sobre o caso, já que segue em segredo de Justiça.  Mas o advogado Leonardo Schuler, que é uma das testemunhas de acusação arroladas pelo MP-ES, disse que foram ouvidas apenas duas testemunhas das cerca de 20 que foram convocadas.

“É um caso muito complexo, há muitas testemunhas, pessoas envolvidas. Hoje foram ouvidas duas testemunhas e demais testemunhas serão ouvidas em dezembro”, informou Schuler.

Segundo o advogado as demais testemunhas serão ouvidas nos dia 1º de dezembro em grupos de duas a cinco pessoas, aproximadamente.

O juiz Ivan Costa Freitas, da 8ª Vara Criminal de Vitória,que comanda as oitivas,  chamadas audiência de instrução e julgamento. Foram denunciadas 19 pessoas pelo MP-ES.

No mês passado o Tribunal de Justiça do Estado (TJ-ES) manteve a denúncia contra a cúpula da igreja.

Relembre o caso

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), com apoio da Polícia Militar, realizou no final do mês de novembro de 2012, a Operação “Entre Irmãos”, com o objetivo de desarticular e colher provas relativas à suposta atuação de uma organização criminosa que opera no âmbito da Igreja Cristã Maranata.

Além da denúncia de se apropriar indevidamente do dízimo dos fiéis, a Igreja Maranata também está sendo investigada por envolvimento em um suposto desvio de dinheiro público. Os indícios dos crimes foram descobertos durante a deflagração da Operação Entre Irmãos, realizada pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES).

O presidente, um ex-presidente e dois pastores da Igreja Maranata foram presos no início do mês de março deste ano, pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), com apoio da Polícia Federal em uma ação do Ministério Público Estadual.

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