Justiça suspende procedimento administrativo contra PM acusado de matar namorada
O pedido do procedimento administrativo foi feito pela Corregedoria da Polícia Militar, após o policial ser acusado de assassinar a própria namorada
A Justiça determinou a suspensão do procedimento administrativo, pedido pela Corregedoria da Polícia Militar do Espírito Santo, contra o soldado Itamar Rocha Lourenço Júnior. Ele é acusado de matar a namorada, Ana Clara Cabral, de 19 anos, em fevereiro deste ano. Após o crime, ele foi detido e levado para o Presídio Militar, no Quartel de Maruípe, em Vitória.
Durante as investigações, o delegado José Lopes afirmou que a polícia não tem dúvidas de que ele é o autor do crime. Itamar corria o risco de sofrer um processo administrativo demissionário, mas foi suspenso em decisão da juíza Sayonara Couto Bittencourt, da 4ª Vara da Fazenda Pública Estadual, Municipal, Registros Públicos, Meio Ambiente e Saúde.
De acordo com os autos, a defesa do soldado alega que o processo administrativo não está respeitando o Regulamento Disciplinar dos Militares Estaduais. A defesa também afirmou que desde outubro de 2013 o PM apresenta sinais de depressão grave e faz uso de medicamentos controlados, com atendimento junto ao Departamento de Perícias Médicas da Polícia Militar e com prescrição médica para afastamento da atividade laboral.
Com essas informações, ficou constatado que Itamar não poderia ser interrogado, como foi no processo administrativo. A decisão foi deferida no dia 18 de março.
Em nota, a Polícia Militar informou que o inquérito da Polícia Civil foi concluído e encaminhado ao Ministério Público. Já o Procedimento Administrativo Disciplinar instaurado pela Polícia Militar para julgar a permanência do soldado Itamar Rocha Lourenço Júnior nos quadros da Corporação, teve todos os seus trabalhos paralisados por ordem do Poder Judiciário.
O corpo da jovem Ana Clara Cabral, de 19 anos, foi encontrado na noite do dia 5 de fevereiro, às margens da Rodovia do Contorno, em Cariacica.