Seis presos utilizando tornozeleira eletrônica cometeram crimes no Espírito Santo
Segundo o secretário Eugênio Ricas, desde dezembro a Justiça determinou que 637 detentos usassem o aparelho. Somente seis cometeram crimes enquanto utilizavam a tornozeleira
Os casos de detentos que utilizam tornozeleira eletrônica e se aproveitam da liberdade condicional para cometer crimes corresponde a somente 1% do total de presos que usam o dispositivo no Espírito Santo. A informação é da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus).
De acordo com o secretário de Justiça, Eugênio Ricas, desde dezembro do ano passado, quando teve o início a utilização da tornozeleira eletrônica no Estado, a Justiça determinou que 637 detentos usassem o aparelho. Desse total, somente seis cometeram crimes enquanto utilizavam a tornozeleira.
Segundo Ricas, os casos aconteceram na Grande Vitória e no interior. O secretário destaca que as sanções sofridas por esses depende de uma série de fatores.
"A punição varia de acordo com a gravidade do crime, das circunstâncias em que ele aconteceu e de outros fatores. A utilização da tornozeleira eletrônica é uma medida alternativa à prisão. O juiz, nesse caso, considera que aquela pessoa pode esperar pelo julgamento em liberdade, sendo monitorada pelo dispositivo", ressaltou.
Eugênio Ricas salientou ainda que os crimes cometidos por usuários da tornozeleira eletrônica não têm relação com o mau funcionamento do equipamento.
"É importante frisar que em nenhum desses casos houve falha da tornozeleira. Às vezes acontece de a pessoa cortar a tira que prende a tornozeleira a ela ou deixar de propósito a bateria do aparelho acabar. Essa pessoa precisa saber que está tendo a oportunidade de responder pelo crime fora da cadeia. E maioria cumpre o que o juiz determina", afirmou.
Ainda de acordo com dados da Sejus, atualmente 337 presos no Estado usam o equipamento. Os detentos que utilizam a tornozeleira são monitorados 24 horas por dia e têm uma série de restrições, determinada pela Justiça.