Polícia

Homem morre após ser espancado em Porto Novo, Cariacica

A agressão aconteceu em frente à casa da vítima, no bairro Porto Novo, em Cariacica. Um homem e duas mulheres teriam dado socos e pontapés em Carlos

Carlos estava internado há 15 dias  Foto: TV Vitória

O porteiro Carlos Luiz Barcelos, 46 anos, morreu na noite de quinta-feira (23) após 15 dias internado no Hospital Evangélico, em Vila Velha. De acordo com familiares, ele foi espancado por um homem e duas mulheres há algumas semanas em frente à residência, no bairro Porto Novo, em Cariacica.

A vítima, que sofria de problemas cardíacos, teve hemorragias após ter sido espancado com chutes e pontapés. Carlos foi internado no hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

Na Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), Bruna Rodrigues, enteada da vítima, conta que estava com o padrasto no momento da agressão.

"A pessoa que espancou ele veio me xingando desde o começo da rua. Quando chegou no portão, ele ia me agredir e ele (padrasto) não deixou e gritou a família toda. Três pessoas agrediram ele", relata.

Casada há 20 anos com Carlos, com quem teve um filho de 18 anos, Elda Rodrigues de Oliveira afirma que tinha um bom relacionamento com o marido.

"Eu duvido que tenha um casal que vivia igual eu e ele vivíamos. Era inveja da convivência que eu tinha com meus filhos e com ele", diz a esposa da vítima.

Mãe e filha contaram que elas moram no bairro há mais de 20 anos, mesmo tempo que os suspeitos também residem em Porto Novo. Eles são vizinhos e a amizade era tanta que dona Elda chegou a batizar uma filha do suspeito.

De acordo com Elda e Bruna, a confusão aconteceu no final de semana do dia das mães. A enteada ligou para o padrasto buscá-la no ponto de ônibus, pois estava com medo, e na volta a briga começou.

As duas não quiseram entrar em detalhes de como a briga começou, mas disseram que era uma agressão verbal com xingamentos. Elda lamentou a violência e disse que o marido era responsável, trabalhava há 20 anos como porteiro. Agora ela cobra por justiça pelo crime.

"A gente quer justiça, quer ver esse povo pagando pelo que fez com meu marido porque ele não merecia"

Segundo a delegada Rafaela Almeida de Aguiar, os vizinhos são os principais suspeitos e ainda não foram localizados pela polícia. A delegada contou ainda que a confusão começou porque a enteada da vítima havia colocado fogo no lixo e os vizinhos ficaram incomodados.

A confusão por conta do lixo teria acontecido dias antes da agressão, há aproximadamente um mês.

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