Polícia

Policiais que foram afastados vão poder voltar às ruas, diz comandante da PM

Os policiais que foram transferidos também poderão voltar a sua rotina e para as unidades que pertenciam, e as Forças Armadas continuarão atuando no Estado

O comandante afirmou que eles sempre estiveram abertos para o diálogo Foto: Reprodução

Os policiais militares que foram afastados do cargo por sofrerem Processo Administrativo Disciplinar (PAD) vão poder voltar às ruas. Foi o que afirmou o comandante da Polícia Militar, coronel Nylton Rodrigues, após um acordo estabelecido entre o Governo do Estado com as mulheres e familiares dos militares que bloqueavam as entradas dos batalhões de todo o Espírito Santo.

De acordo com o comandante, os processos abertos contra os PMs não serão cancelados, mas eles terão a oportunidade de abrandar a punição. Os procedimentos vão transcorrer normalmente até o final, mas a conduta deles com o retorno ao trabalho poderá colaborar com a defesa. 

“Os inquéritos foram instaurados e as investigações e procedimentos administrativos vão transcorrer normalmente. As condutas serão individualizadas e quem retornou ao trabalho terá isso para a sua defesa. O retorno vai contribuir muito para a solução e pode abrandar a punição. Eu vou providenciar o cancelamento dos afastamentos para que ele [o policial] exerça a sua função normalmente, mesmo com o processo”, afirmou Rodrigues.

Além disso, ainda segundo o coronel, os policiais que foram transferidos também poderão voltar a sua rotina e para as unidades que pertenciam. “São decisões que fazem bem para os militares e para a sociedade. Nossa preocupação é o retorno da totalidade as ruas”, destacou.

Sobre a negociação com as mulheres, o comandante afirmou que eles sempre estiveram abertos para o diálogo. “O governo possui uma mesa de negociação e sempre esteve aberto para isso. Ontem chegou-se a um denominador comum que estabeleceu de vez o fim desse movimento. O acordo foi estabelecido e registrado em ata. Não haverá nenhum tipo de perseguição. Queremos valorizar os bons policiais”, disse.

Mesmo com a volta de todo o efetivo, as Forças Armadas continuarão atuando no Estado. “Continuamos com as forças armadas e o planejamento para o carnaval será mantido e comandado por eles. O planejamento vai ter o reforço desses policiais que retornaram, com 100% da polícia. Haverá o efetivo da PM, com escala na totalidade, e os 3 mil das Forças Armadas”, informou o coronel.

O comandante aproveitou o momento para se desculpar com a população capixaba que sofreu com a insegurança. “Em nome dos policiais militares, quero registrar o nosso pedido de desculpa para a sociedade por esse período trágico para o Estado. Agora estamos de volta em nossa totalidade e a população pode voltar a contar conosco, pois cumprimos a nossa missão”. 

Sobre o fim da Ronda Ostensiva Tática Motorizada (Rotam) e a possível fusão com o Batalhão de Missões Especiais (BME), Rodrigues alegou não poder falar sobre o assunto. “A PM possui o Estado Maior Geral. Esse órgão estuda a possibilidade, mas não apresentou o fim do estudo. Não posso adiantar sobre isso”. 

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