Política

Deputado capixaba participa de CPI que investiga empréstimos pelo BNDES

A comissão foi instalada com o objetivo primordial de analisar os contratos de empréstimos do BNDES assinados com empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato

Sergio Vidigal defende a completa isenção na investigação da CPI Foto: Divulgação

A Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) do BNDES será instalada nesta quinta-feira (6), na Câmara dos Deputados e investigará contratos de empréstimos, concedidos entre 2003 e 2014, às empresas investigadas na Operação Lava Jato. O deputado capixaba Sergio Vidigal (PDT) foi confirmado, nesta quarta-feira (5), como membro da comissão.

Para Vidigal, a CPI deve realizar os trabalhos e investigações de forma isenta. O capixaba defende que as denúncias sejam profundamente apuradas.

“Estamos num momento histórico para o nosso país, no que diz respeito ao combate à corrupção. A operação Lava Jato demonstra que os culpados serão punidos, por isso defendemos que todas as declarações que serão feitas durante os trabalhos da CPI sejam profundamente investigadas”.

A comissão foi instalada com o objetivo primordial de analisar os contratos de empréstimos do BNDES assinados com empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato.

Na opinião de Vidigal, o presidente da comissão, que será conhecido também nesta quinta-feira, deve ter uma postura isenta.

"Entendo que o a condução dos trabalhos pelo presidente da CPI deve ser isenta. Ao contrário do que vem fazendo o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), que está influenciando parlamentares levando em conta seu posicionamento pessoal de rompimento com o governo". 

De 2003 a junho de 2014, o banco teria concedido financiamentos de R$ 2,4 bilhões a empresas. 

Outra investigação que deverá ser conduzida pela CPI é acerca dos empréstimos para empresas frigoríficas e também ao grupo do empresário Eike Batista. Contratos de empréstimos a outros países como Angola e Cuba, cujas operações foram classificadas de secretas também serão investigadas.