Política

Eike Batista terá de explicar os R$ 10,4 bilhões recebidos do BNDES

Empresário não será o único a ser convidado. A CPI do BNDES que obter informações acerca dos empréstimos concedidos a empreiteiras e outras empresas investigadas na Operação Lava Jato

Empresário terá de explicar verba destinada para empresa, caso seja convocado  Foto: Divulgação

O deputado Sergio Vidigal (PDT) protocolou requerimento nesta sexta-feira (7) que convida o empresário Eike Batista, do Grupo EBX, a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga os contratos de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Caso seja aprovado o requerimento, Batista teria que explicar o recebimento de mais de R$ 10 bilhões.

Foi esse montante recebido pelo dono da EBX que motivou a convocação por parte do parlamentar capixaba.

“Precisamos investigar se mesmo com o prejuízo causado pela falência das empresas de Eike Batista, os compromissos financeiros junto ao BNDES foram honrados. Para provar isso, queremos provas concretas, como extratos e comprovantes correspondentes ao pagamento do total da dívida, deste dinheiro que é público”.

Mas o empresário Eike Batista não será o único a ser convidado. A CPI do BNDES que obter informações acerca dos empréstimos concedidos a empreiteiras e outras empresas investigadas na Operação Lava Jato.

Segundo dados do banco, entre 2003 e 2014, o BNDES teria concedido financiamento de R$ 2,4 bilhões às empresas investigadas. 

Vidigal esclarece que também serão investigados os empréstimos para empresas frigoríficas do grupo JBS, além de empréstimos concedidos a outros países, como Angola e Cuba, cujas operações foram classificadas de secretas.

As operações do BNDES têm despertado suspeitas, bem como as operações da subsidiária BNDESPar. 

Os exemplos apresentados foram: concentração no setor frigorífico e demais atos da chamada “política de campeões nacionais”; empréstimos concedidos a empresas com claras dificuldades financeiras e sem capacidade de pagamento; concessão de financiamentos a países alinhados ideologicamente com o governo, a taxas claramente abaixo das de mercado; beneficiamento de empreiteiras envolvidas em escândalos de corrupção. 

O deputado Sergio Vidigal é o único capixaba na CPI do BNDES.