Política

Deputados capixabas cautelosos com movimento pró-impeachment da Dilma

Nesta quinta-feira (10), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que não estimula a participação de tucanos em movimentos pró-impeachment

Movimento pró-impeachment de Dilma tem participação de parlamentares do PMDB Foto: Agência Brasil

Os deputados federais capixabas se mostram cautelosos quando o assunto é o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Nesta quinta-feira (10), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que não estimula a participação de tucanos em movimentos pró-impeachment.

O capixaba Max Filho (PSDB) afirmou que caso seja votada a admissibilidade do impeachment, votará favoravelmente.

“Não fomos nós, do PSDB, que propusemos o impeachment da presidente Dilma. Foi o Hélio Bicudo, fundador do PT, quem pediu o impeachment dela. Ao entrar na pauta, dificilmente eu votaria contra. E repito, a iniciativa não foi do PSDB”, assinalou o tucano.

O deputado Sergio Vidigal (PDT) aposta em um pacto de coalizão entre governo e sociedade.

“O impeachment não resolve o problema. Quem vai entrar nesse modelo? Governo tem que ser honesto. Mentiu na campanha? Mentiu. O que tem a fazer agora? Fico preocupado se fazer caça às bruxas vai revolver o problema. Será que não abalaria mais a nossa credibilidade lá fora? Esse movimento é perigoso e está crescendo. Até o PMDB já está no movimento”, exemplificou Vidigal.

O deputado Givaldo Vieira (PT) afirmou que a criação de movimentos pró-impeachment é mais uma tentativa da oposição de chegar ao poder “fora do voto”.

“Essa é mais uma das várias tentativas que a oposição vem fazendo desde o período eleitoral. Quer acessar o poder fora do voto. Esse é um movimento golpista. Para se ter impeachment seria necessário o acontecimento de um crime praticado pela presidente
no exercício de sua função”, destacou.

Quanto ao fato de o pedido de impeachment ter partido de um petista histórico e fundador do Partido dos Trabalhadores, como o advogado Hélio Bicudo, o capixaba afirmou que foi um equívoco.

“Ele foi equivocado. Os filhos dele lamentaram publicamente o ato do pai, talvez pelo avançado da idade. A oposição comemora a cada notícia ruim, como o rebaixamento da nota do país. E não apresentam nenhuma proposta. O adequado seria divergir, mas apresentar um novo caminho”, afirmou Givaldo Vieira.