Política

“Estou prefeito para fazer gestão cada vez mais técnica e profissional”, diz Victor Coelho

O prefeito de Cachoeiro fala do desafio de administrar a maior cidade do sul do Estado, e também dos projetos futuros propostos durante a campanha

O prefeito de Cachoeiro Victor Coelho fala sobre os desafios em administrar a maior cidade do sul do Espírito Santo Foto: ​Reprodução

Prestes a completar os 100 dias de governo, o prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, Victor Coelho (PSB) faz um balanço de sua gestão e fala sobre o desafio de administrar a maior cidade do sul do Estado. No dia em que o município completa 150 anos de emancipação política, ele ressalta o orgulho em fazer parte da história de Cachoeiro.

Sem formação política – Victor é formado em Ciência da Computação -, ele tem experiência administrativa, e quer implantar em Cachoeiro um novo modelo de gestão, um dos desejos de seu irmão, Glauber Coelho, que faleceu após um acidente automobilístico em agosto de 2014.

Em entrevista do Folha Cachoeiro, Victor fala dos projetos que foram propostos durante sua campanha e de que forma serão colocados em prática, e faz um balanço positivo até agora de sua administração. Confira:

Folha Cachoeiro – Qual o maior desafio em administrar a maior cidade do sul do Estado?
Victor Coelho - O maior desafio não é por ser a maior cidade da região, mas por ser uma das menores renda per capita do Estado. Cachoeiro tem mais de 200 mil habitantes e os recursos são insuficientes para atender a todos, em todas as necessidades. No entanto, isso não me desmotiva. Desde o início do projeto de campanha, quando comecei a pensar em plano de governo e principais ações, coloquei como prioridade fazer uma gestão eficiente. Apesar das situações atípicas que enfrentamos no início deste ano, tenho priorizado a gestão para conseguir distribuir os recursos da melhor forma sem sacrificar nenhum serviço ou parcela da população. Uma importante ação que conseguimos efetivar, foi o retorno das atividades do Escritório de Projetos, que trabalha exclusivamente na captação de recursos para realização de obras e eventos na cidade. Também temos uma equipe estruturando as normas e andamentos de processos internos, a fim de reduzir a burocracia pública. Estamos caminhando para fechar os 100 primeiros dias de gestão e teremos boas notícias para apresentar aos cachoeirenses.

FC – Como tem sido os primeiros três meses de governo?
VC -
Animador! Apesar da cidade ter passado por momentos delicados como um pós enchente, surto da febre amarela e crise da segurança pública, mostramos que unidos (poder público e sociedade), conseguimos ir além dos nossos problemas. Todas essas situações acabaram retardando alguns projetos, visto que precisamos dedicar nossos esforços exclusivamente para ‘pagar incêndios’. Porém, mesmo diante de tudo isso, vejo esses primeiros meses com saldo positivo. Espero que nos próximos meses, tenhamos dias mais tranquilos para conseguir colocar em prática nossos projetos e dar ainda mais retorno à população com uma cidade moderna e organizada.

FC – Não ter tido uma formação política faz o desafio ser ainda maior?
VC -
Claro que não! Minha proposta foi justamente ser diferente da atual forma de ‘fazer’ política. Estou prefeito para fazer gestão cada vez mais técnica e profissional, com o objetivo de melhorar a vida das pessoas e os serviços públicos.

FC – No ponto de vista econômico temos grandes eventos na cidade, que fomentam a economia, e um deles é a Feira Internacional do Mármore e Granito. A importância desses eventos vai além da economia e o turismo no município?
VC -
Realmente esses eventos movimentam muito mais que a economia do setor envolvido e o turismo na cidade. Um dos itens que eu valorizo muito é a motivação. Quando o cachoeirense vê o interesse dos outros Estados e países em seus produtos e serviços, ele se sente ainda mais esperançoso em sua terra e em seu potencial. Nossa intenção é valorizar cada vez mais esse tipo de evento, que são molas propulsoras do desenvolvimento da região, principalmente no que tange a geração de emprego e renda.

FC – Após um período difícil com a grave crise econômica que atingiu o país no último ano, principalmente as prefeituras, os saques aos comércios em fevereiro deste ano e a crise na segurança, o que os lojistas, comerciantes e os cachoeirenses em geral podem esperar daqui para frente?
VC -
A crise econômica ainda não passou. Vivemos momentos de instabilidade econômica e de ajustes fiscais. Mas o mercado começa a dar sinais de melhorias e este é o momento de sermos criativos e aproveitar oportunidades. O momento é de semear esperança e colher os frutos em um futuro breve. Para isso temos que fazer o dever de casa, agindo com muita responsabilidade com uso dos recursos públicos. Sabemos que cada intervenção e mudança na cidade causa transtorno e impacto aos cidadãos, mas isso é necessário. Temos vários projetos que pretendemos implantar que são fundamentais para o desenvolvimento e organização da cidade, mas para chegar ao resultado final, precisamos dar o primeiro passo e enfrentar as mudanças pelo lado positivo.

FC - Como se sente em ser o prefeito no ano em que a cidade comemora 150 anos?
VC -
Para mim é uma honra, uma imensa satisfação! Quero que esse ano fique na história do cachoeirense com boas lembranças. Neste sábado, dia 25, que é o aniversário oficial da cidade, vamos marcar a data com um desfile cívico e apresentações na Praça Jerônimo Monteiro, mas ao longo do ano temos outros eventos programados, principalmente, no mês da tradicional festa, em junho, para comemorar em grande estilo os 150 anos. Vamos lembrar o Cachoeiro do passado, viver o presente e planejar o futuro.

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