Polícia

Caso "Tio Paulo": defesa alega que mulher estava dopada e toma remédios psiquiátricos

Advogada de Érika de Souza Vieira Nunes, que levou o tio morto para pegar empréstimo em banco, diz que ela usa medicamentos psiquiátricos

Maria Clara Leitão

Redação Folha Vitória
Foto: reprodução redes socias

A advogada da mulher que levou um idoso morto em um banco em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, afirma que Érika de Souza Vieira Nunes, de 43 anos, estava alterada e usa medicamentos psiquiátricos. 

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O caso aconteceu na terça-feira (16), quando a mulher tentava fazer seu tio, Paulo Roberto Braga, assinar um empréstimo no banco, mas estava morto. Ela, na frente das funcionárias do banco, chamava pelo “tio Paulo”, mas não havia nenhuma resposta aos estímulos.

"A senhora Erika faz tratamento psicológico, psiquiátrico, toma remédios controlados. Ela estava visivelmente alterada, como estivesse dopada, até a fala dela estava 'groge'", declarou a advogada Ana Carla de Souza Correa.

Em depoimento à polícia, Érika Nunes disse que o empréstimo, no valor de R$ 17 mil, era para comprar um aparelho de TV e fazer uma reforma na casa de Braga. 

Polícia não consegue definir momento da morte 

Segundo a perícia da Polícia Civil, até o momento não foi possível definir se o idoso chegou ao banco sem vida. Entretanto, o primeiro laudo do Instituto Médico Legal (IML) mostrou que Paulo sofreu uma broncoaspiração e uma parada cardíaca.

Ele estava com a saúde debilitada e já havia ficado internado com pneumonia durante oito dias. Além disso, a investigação aguarda exame toxicológico, que pode apontar se Paulo sofreu intoxicação ou envenenamento. 

O motorista de Uber que ajudou a colocar o idoso em um carro por aplicativo antes da chegada à agência bancária disse em depoimento à polícia que Paulo "ainda respirava e tinha força nas mãos" quando foi colocado no veículo. A informação está sendo apurada pela polícia.

Justiça decreta prisão preventiva

Após uma audiência de custódia, realizada nesta quinta-feira (18), a Justiça do Rio manteve a prisão de Érika. O Tribunal de Justiça decretou a prisão preventiva da mulher durante audiência de custódia. 

Ela foi detida e, na Delegacia de Bangu, bairro onde está a agência bancária, foi autuada em flagrante por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio a cadáver.

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