Letra do samba-enredo da Imperatriz do Forte 2025

O meu povo é batuqueiro
De Angola, mandingueiro
O sol de Luana me guia pro norte
E quem não enxerga cicatriz
Faz valer sua raiz
Canta, Imperatriz do Forte!

Sou eu, um guerreiro de Matamba
A força africana de Nzinga ancestral
Onde o invasor não tem mais voz
Meu povo feroz faz reza e ritual
Aprisionado ao som da chibata
Na força das gargantas embargadas
É ginga, ê, é ginga
Mulher que se faz fortaleza
Calunga de Angola resiste
No imenso mar pra curar a incerteza

Bota dendê para benzer, para colorir o saber 
E entender o poder do catiço 
Se quem atiça acende vela 
Faz tampo numa panela 
Na tristeza dá sumiço

Eu vou dançar maracatu, caxambu e capoeira
Manifestar minha raiz a noite inteira
Identidade de Laurinda e outros mais
Luanda, teu espírito é santo
Afasta qualquer quebranto
É canto livre de amor e paz

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