Por que a arte existe?
Observar pinturas e construir pensamento contemporâneo, requer de fato trazer a luz questões sobre o porque a arte existe? Ou, quem precisa dela? Ou mesmo, se alguém precisa dela? Estas perguntas podem também ser relevadas nos diários do cineasta Andrei Tarkovski, outro artista que transita sobre o tema do tempo, da vida, da finitude, da existência e do amor. Há algumas considerações, para que se vive (?).
Nascemos por alguma razão (livre arbítrio, talvez), e vivemos como desejamos escolher (talvez). É quase uma condição filosófica, ou mesmo da experiência subjetiva que tensiona algo entre o que é científico e também, estético. Ou algo que existe como matéria ou pensamento, que não se vê. Imagens são pré-textos, são hieróglifos que precisam ser desvendados, percebidos, interpretados e compreendidos.
Mais além, sentidos e ativados, com interação e movimento. Há um caminho vivo que se faz na percepção de si e do Outro. Através da imagem mantém-se uma consciência do infinito, do eterno dentro do finito, do espiritual dentro da matéria. A arte é para todos e todas, e se dirige na esperança de criar impressões para ser sentida, por meio da energia que o artista deixa impregnado.
Assim, o significado da existência é também, coletivo. Apreciar arte tem a ver com o exercício da intuição (impregnada), e por metáforas produzidas. Pode ser comum ou banal, mas é a condição genuína, que perdemos com nossa racionalidade. Por tais razões, a arte não serviria para justificar, encaixar, moldar, rotular e nem mesmo projetar, e sim, para questionar, refletir e experienciar, um modo de produzir metáforas.
Referência:
Site do artista:
https://ivoalexandre.com/português
Rede social:
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@ivo_alexandre_artist