A dança no ES e a necessidade da permanência de talentos
A dança, com sua expressividade única e capacidade de comunicar as mais variadas emoções sem o uso de palavras, ocupa um lugar especial no coração e na cultura de muitas comunidades ao redor do mundo. No Brasil, cada estado tem sua própria história com a arte da dança, contribuindo com estilos, técnicas e talentos excepcionais. O Espírito Santo, em particular, tem se destacado nacionalmente por abrigar algumas das melhores escolas e projetos de formação de dança do país, um feito notável que reflete o comprometimento, a paixão e a excelência dos seus artistas e educadores.
Essas escolas e projetos têm consistentemente produzido dançarinos de calibre mundial, muitos dos quais têm sido laureados em competições prestigiadas, como o renomado Festival de Joinville, que tem o título de maior festival de dança do mundo. No entanto, a falta de uma companhia profissional de dança no estado tem sido um obstáculo significativo para a retenção desses talentos.
O panorama atual da dança no país, segundo pesquisas do IBGE, demonstra que este é um dos setores artísticos com o maior número de praticantes, superando até mesmo a música e o teatro, e no Espírito Santo este número se comporta da mesma forma.
Este interesse e participação massiva na dança não só evidenciam o potencial artístico que reside no estado, mas também apontam para uma lacuna significativa no apoio institucional e na infraestrutura profissional para esses artistas, já que hoje não possuímos nenhuma companhia de dança no Estado com empregabilidade constante e formal, como por exemplo, acontece na música com as grandes orquestras que temos no Estado.
A criação de uma companhia profissional de dança no Espírito Santo não seria apenas um passo em direção ao reconhecimento e apoio aos talentos locais, mas também uma afirmação da importância da dança como forma de arte e expressão cultural.