Casa cultural em SP valoriza a força dos artistas independentes
Crazy people, antes de nos atermos às exposições atuais do Espaço 8 Casa Cultural, no Ipiranga em São Paulo, que tal sabermos um pouco mais sobre esse lugar? Circundado pelo Museu do Ipiranga, pelo Sesc Ipiranga, o Sebo Pura Poesia e a Galeria Lateral, foi inaugurado em 2022 sob a direção da carioca Fernanda Lago, artista visual e a mais nova cidadã paulistana.
Com um total de 17 exposições, entre individuais e coletivas, já passaram por lá 96 artistas brasileiros e internacionais de diversas gerações, tanto iniciantes quanto profissionais. O espaço tem se consolidado como mais uma referência independente na cena artística da capital.
Ao explorar o bairro, visite o Espaço 8 Casa Cultural, que atualmente apresenta a Exposição ‘Simulacrum’, uma mostra individual do artista inglês Laurie Gane com curadoria de Felipe Abramovictz. Quem é Laurie Gane?
Laurence (ou Laurie) Gane, foi diretor de fotografia em filmes de Júlio Bressane (Memórias de um Estrangulador de Loiras e Amor Louco), Neville de Almeida (Night Cats), Jorge Mautner (O Demiurgo), e também de um longa não-finalizado de Gilberto Macedo. Além de outros babados, porque afinal era a contracultura londrina!
A ditadura brasileira coloca todo mundo para correr ou voar, literalmente.“Enquanto meus olhos procuram discos voadores no céu”, a arte, mais uma vez salva!
A Exposição ‘Simulacrum’ expõe um conjunto de fotografias que tratam da apropriação de imagens, além de sua produção audiovisual.
A investigação que Laurie desenvolve desde a década de 1960, seja na opção pelo formato de 16 mm, que propicia uma atmosfera mais lúgubre, ou mesmo através das imagens realizadas com seu celular, nos coloca diante da crítica irônica sobre a banalização das imagens e mesmo da sua própria permanência física, ou seja, a sobreposição de realidades e tempos sobre a superfície do corpo.
Em ‘Réveillon 98’, de Bruno de Abreu, com curadoria de Emily Takaesu, vai na contramão de Laurie, a mostra traz um conjunto de desenhos em grafite, carvão e nanquim, mas ao mesmo tempo os aproximam, ambos transitam entre realidades paralelas, independentemente da materialidade, do suporte da obra e mesmo da linguagem artística.
Voltamos novamente para a impermanência das coisas, das pessoas, da própria vida; aqui, a memória é a investigação principal do trabalho de Bruno.
Criaturas mitológicas, punks, símbolos religiosos, fantasmagóricos, demoníacos ou indecifráveis, como relata Emily Takaesu ‘não sugere qualquer fluxo temporal orientado’, o que nos leva a crer que a subjetividade imposta ao público é também um convite para uma investigação particular sobre o próprio universo íntimo, denominado de individualidade.
O desejo aqui é fazer vir à luz um campo estético que converse com a subjetividade do artista, mesmo que os cânones já definidos da produção de imagens ainda atravessem a sua expressão na apreciação de suas obras. Estamos acompanhando a trajetória de Bruno e certamente logo mais veremos quais caminhos percorremos com ele. A primeira vez é um moto contínuo para estes dois artistas!
SERVIÇO:
Espaço 8 Casa Cultural.
Rua dos Viajantes, 65 | Ipiranga–São Paulo.
PERÍODO: 27.04.2024 à 01.06.2024.
Entrada gratuita.Livre para todos os públicos.
Visitas por agendamento | [email protected]
Assessoria de Imprensa: Ivi Brasil.
1.Exposição Individual: “Simulacrum”
Artista: Laurie Gane.
Curadoria: Felipe Abramovictz.
2.Exposição Individual: “Réveillon 98”
Artista: Bruno de Abreu.
Curadoria: Emily Takaesu.