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Coluna ESG

por Felipe Mello

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Focos de incêndios aumentam por todo Brasil

Segundo o MapBiomas, iniciativa que monitora a cobertura e o uso do solo no Brasil,  de janeiro a maio deste ano foram queimados 1.587 hectares de mata nativa, isto é,  o equivalente a aproximadamente 85 estádios do Maracanã no Espírito Santo. Com isso, tivemos um aumento alarmante de 118% em relação ao mesmo período do ano passado, quando cerca de 727 hectares foram queimados. Com a chegada do inverno, o clima se torna mais seco, o que intensifica significativamente o risco e a extensão das queimadas. 

Esse cenário é agravado ainda mais por sua vegetação mais seca, as mudanças climáticas e o aumento da temperatura global. Assim, de acordo com o MapBiomas, a maioria desses incêndios apresenta como fonte inicial atividades humanas, dessa forma enfrentamos um momento em que  não apenas o Pantanal, mas também o Espírito Santo, enfrenta recordes preocupantes. Sendo que são as áreas ao norte do estado, nas cidades de Linhares e São Mateus, que se destacam por registrar o maior número de queimadas.

Origem humana

No Pantanal já são quase 700 mil hectares consumidos pelo fogo apenas no primeiro semestre de 2024, o que equivale a cerca de 5% de todo o bioma. Os incêndios, cuja origem raramente é natural, são frequentemente atribuídos à prática de queimadas para limpeza de terrenos e preparo de áreas agrícolas e pecuárias que circundam o bioma. Ressalta-se que as chuvas estão abaixo das médias históricas, o que afeta diretamente o ecossistema e aumenta as chances de novos incêndios.

Atualmente, o Pantanal e o Cerrado já totalizaram a maior quantidade de focos desde o início das medições em 1988 pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Entretanto, a temporada de seca acabou de começar, já que é entre agosto e outubro, com pico em setembro que historicamente se concentra os maiores registros de focos incêndios, indicando um período crítico para a preservação desses importantes biomas brasileiros. Tendo em vista que, o Pantanal não teve período de cheia e que algumas áreas podem ter perdas irreversíveis.

Proibição das chamadas “queimadas controladas”

Portanto, até fim do ano as práticas de “queimadas controladas” para manejo em áreas da Amazônia, Cerrado e Pantanal está proibida e será criminalizada, ao menos até os últimos meses do ano, segundo Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente após uma série de reuniões para tratar os danos causados pela seca da Amazônia e as queimadas do Pantanal. 

Para Amazônia e Cerrado, a restrição está válida até 30 de novembro. No entanto, no caso do Pantanal, a data estipulada é 31 de dezembro. Dessa forma, as recentes e devastadoras queimadas que assolam o Brasil exigem uma mobilização urgente de toda a população. Afinal, o fogo não apenas destrói nossas florestas e biodiversidade única, mas também compromete o ar que respiramos e o clima global.