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Coluna ESG

por Felipe Mello

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Quem paga a conta da preservação do meio ambiente?

Desde crianças, aprendemos que a Amazônia é extremamente importante para o meio ambiente, afinal a floresta absorve quantidades exorbitantes de dióxido de carbono.

No entanto, apesar das taxas de desmatamento e degradação terem diminuído significativamente, ainda é preciso procurar maneiras de interromper e reverter tais danos à biodiversidade. Sendo necessário, não somente recursos públicos, mas também privados.

É preciso compromissos e ações coletivas, que busquem fechar essa conta para um futuro mais sustentável.

O estudo “Abordando o Desmatamento e a Degradação Florestal – Os Mercados Voluntários de Carbono Podem Salvar a Amazônia?”, da Mckinsey, avaliou custos anuais em torno USD 12,40 por hectare de floresta, dessa forma seria preciso de 1,9 a 2,3 bilhões de dólares por ano para manter esse bioma de pé.

Ou seja, a lacuna financeira existente é expressiva, contudo os mercados voluntários de carbono podem representar um papel chave no que diz respeito à conservação do ecossistema.

Integridade e transparência

Já que, os mercados podem gerar receitas significativas para os proprietários de terras e comunidades locais, dados da Iniciativa Brasileira para o Mercado Voluntário de Carbono indicam um impacto de até R$26 bilhões por ano no Valor Bruto Agregado e uma geração de até 880 mil postos de trabalho. Ainda sim, é preciso destacar a relevância da certificação e verificação de projetos de carbono, uma vez que somente assim será possível garantir integridade e transparência no mercado.

Cuidar da Amazônia, da biodiversidade e das pessoas não é uma tarefa simples, tampouco barata. Na 28° Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, foi anunciado pela Noruega que o Fundo Amazônico receberia uma doação de R$245 milhões, no entanto outros países como o Reino Unido também anunciaram doações  de mais de  R$215 milhões. A cooperação internacional é essencial para a preservação da floresta.

Temos vários obstáculos a serem superados

Entretanto, temos vários obstáculos a serem superados, isso inclui, questões relacionadas à posse da terra, governança e financiamento de projetos de conservação. Sem contar, a necessidade de uma regulamentação adequada e da atuação dos estados na aplicação efetiva dos sistemas jurisdicionais. Afinal, padrões rigorosos de monitoramento e fiscalização é imprescindível, já que evita práticas como o greenwashing e garante que todos os compromissos firmados sejam cumpridos.