Por Cintia Dias
Os Jogos Olímpicos e a busca por eventos sustentáveis
A sustentabilidade não pode ficar restrita a nichos. Expandir-se é a melhor forma de propagar sua mensagem e aferir adesões a causas tão necessárias, que envolvem a continuidade e integridade da vida na terra. Uma ação que vem ganhando espaço ultimamente é a adoção de práticas sustentáveis nas categorias esportivas e de entretenimento.
Veja o caso do maior evento esportivo do ano, os Jogos Olímpicos de Paris, que prometem ser os mais sustentáveis da história. O Comitê Organizador envidou esforços para reduzir pela metade a emissão de gases poluentes em relação às edições anteriores, estimular o uso de bicicletas pelos atletas, disponibilizando-as para transporte na cidade, dispensar parte de materiais plásticos, eliminar geradores a diesel e instalar paineis solares, além de adaptar o cardápio a fim de ampliar a oferta de refeições à base de plantas.
Também optou por reutilizar pódios e mobiliários, adotar a reciclagem e reduzir o desperdício, além de ter rejeitado novas construções – aproveitando instalações já existentes que foram modernizadas, ou estruturas temporárias, que podem ser acessadas via transporte público. Com o lema “construa menos, melhor e mais útil”, vilas olímpicas se transformarão em bairros após os Jogos, tendo sido erguidas atendendo a cotas de carbono, usando materiais de baixa emissão, explorando a rotação solar para aproveitar luz natural e ventilação e buscando a integração ao transporte público.