Por André Paris
IA: A Destruição Criativa do Século XXI
A Inteligência Artificial (IA) emerge como protagonista de uma nova era de inovação e transformação, especialmente com a disponibilização ao público de IAs como o ChatGPT e a Gemini (antigo Bard) do Google. Essecenário ressoa com a teoria de “destruição criativa”, cunhada por Joseph Schumpeter, em sua obra “Capitalismo, Socialismo e Democracia” de 1942.
O autor argumenta que o ciclo econômico é impulsionado pela descontinuação do antigo e o surgimento do novo. Schumpeter identifica a inovação como a força vital por trás do crescimento econômico, sem deixar de notar que, a curto prazo, inovações tendem a gerar a obsolescência de tecnologias, indústrias e empregos preexistentes.
A IA já está reconfigurando setores tradicionais, como o automobilístico, com a introdução de veículos autônomos. Empresas como Tesla e Waymo lideram essa revolução, a qual inexoravelmente impactará as funções de motorista particular ou de motorista de aplicativo. Este cenário ilustra como a IA pode simultaneamente gerar crescimento econômico e deslocamento de empregos, conforme o conceito de destruição criativa de Schumpeter.