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Coluna ESG

por Felipe Mello

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Horasis Global Meeting

Conferência discutiu temas importantes para a agenda da sustentabilidade mundial

O Horasis Global Meeting, evento realizado em Vitória neste final de semana colocou em evidência o papel estratégico do Espírito Santo na facilitação de diálogos e parcerias, atuando como um ponto de convergência entre os diversos estados e países.

Sob o tema “Construindo Pontes para o Futuro”, o evento reuniou uma coalizão diversificada de líderes empresariais de renome, juntamente com ministros e representantes de importantes organizações civis. O fórum visou não apenas fomentar discussões significativas, mas também gerar soluções práticas e inovadoras que possam contribuir para um mundo mais equilibrado e sustentável como o enfrentamento às mudanças climáticas, desigualdade social e a promoção da paz.

“O nosso propósito é oferecer soluções práticas para os desafios enfrentados, indo além de apenas apresentar ideias. Contamos com a participação de investidores, representantes governamentais e membros da sociedade civil. A união destes três grupos possibilita a implementação de ações efetivas para enfrentar as principais dificuldades do momento atual”, disse Frank-Jürgen Richter, presidente da Horasis – uma comunidade de visões globais dedicada a inspirar nosso futuro.

 

“Qual o tipo de país que o Brasil quer ser dentro do cenário ESG global?”

Com essa provocação Paul Malicki, CEO da Flapper companhia brasileira de taxi aéreo iniciou sua fala fazendo uma conexão com o papel que o Brasil desempenha na dinâmica global. Ele afirmou que, na sua opinião "o Brasil precisa evoluir além de sua condição de país predominantemente agrícola e investir em inovação e tecnologia, especialmente considerando sua posição como potência no mercado de etanol e combustíveis limpos".

Em sua apresentação, citou uma pesquisa que revela que 70% dos passageiros europeus aprovam a ideia de compensação de carbono mas apenas 30% concordaram em pagar mais por isso. Quando questionados sobre se já haviam pago por essa ação, somente 5% responderam afirmativamente. No Brasil apenas 1% já pagaram para descarbonizar sua viagem.

Seguindo a mesma linha, o Dr. Luiz Claudio Allemand, CEO do escritório de Advocacia Allemand um dos poucos do Brasil em seu segmento signatário do Pacto Global da ONU, disse que o Brasil é um exportador de cérebros e importador de conhecimento: "O Brasil é um grande exportador de cérebros, mas nunca conseguiu um prêmio Nobel. Isso se deve ao fato de que os brasileiros que se destacam na ciência acabam indo trabalhar no exterior".

"O custo de não agir é maior que o de agir"

Em outra discussão, o evento abordou a importância de considerar o consumo e suas consequências nas tomadas de decisão destacando a necessidade urgente de práticas empresariais responsáveis, mudando a perspectiva de negócios de uma abordagem linear para um modelo sustentável, eficiente no uso de recursos. 

"O custo de não agir é maior que o de agir", disse Frank-Jürgen Richter na conferência de abertura do evento, parafraseando Paul Polman, ex-CEO da Unilever. Não temos o luxo do tempo para começar a agir, a necessidade já está instalada e já estamos bastante atrasados.