Educomunicação: projetos criativos transformando a Educação e a inclusão

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Ivana Esteves

A 10ª edição do Encontro Brasileiro de Educomunicação (Educom), acontece entre os dias 21 e 23 de novembro de 2024, a partir de Brasília, na modalidade híbrida (ações presenciais e à distância). O evento celebra a decisão do Governo Federal de incentivar, em nível nacional, políticas públicas na área da educação midiática e informacional, por meio da aproximação entre Educação e Comunicação.

Esse alinhamento vem sendo cada vez mais colocado em prática no contexto acadêmico, em projetos de extensão, sobretudo, com o propósito de assegurar a inclusão e a participação. Um exemplo é o da Faculdades Integradas de Aracruz – FAACZ, com o uso da metodologia da Indústria Criativa para realizar o Projeto Mulheres no Direito: a utilização da Economia Criativa pelas Mulheres no Destaque de suas Carreiras Jurídicas.

O projeto promoveu visibilidade e reconhecimento das mulheres no campo jurídico por meio da economia criativa, aplicando ferramentas digitais como podcasts e redes sociais. O uso dessas plataformas possibilitou a disseminação de conhecimento jurídico e o fortalecimento da presença feminina nesse mercado, resultando em um aumento significativo da conscientização da comunidade e da visibilidade das entrevistadas.

Os podcasts se encaixam no dia a dia corrido da população brasileira, já que esses programas podem ser ouvidos enquanto as pessoas estão fazendo outras atividades, como indo para o trabalho ou para a escola, dentro do transporte público, também enquanto fazem exercícios físicos, entre outras.

O processo de educação através das ferramentas da Educomunicação vai além de usar as tecnologias, consiste em fazer com que os alunos os utilizem para a produção de conteúdos que façam eles refletirem sobre diversos assuntos, inclusive sobre a realidade em que estão inseridos.

Tais conteúdos podem ser dos mais diversificados, e os meios também são variados: programas de rádio, de televisão, jornais, conteúdos para blog, vídeocasts, podcasts, entre outros. Sendo os que usam o audiovisual os mais comumente buscados no contexto atual, de redes sociais.

O Projeto Mulheres no Direito: a utilização da Economia Criativa pelas Mulheres no Destaque de suas Carreiras Jurídicas teve como público-alvo mulheres estudantes de Direito, com idade entre 20 e 30 anos da região de Aracruz, e a comunidade em geral interessada em questões jurídicas e no papel da mulher nesse campo. Além disso, o conteúdo atingiu profissionais do Direito de outras regiões, como Colatina, Linhares e Vitória.

O objetivo foi entrevistar juristas da região de Aracruz para analisar a presença feminina no Direito e as estratégias que essas mulheres adotam, para superar as barreiras profissionais que enfrentam. As reuniões e discussões do projeto ocorreram tanto no ambiente acadêmico quanto fora dele, com a participação ativa dos membros do grupo.

O grupo utilizou ferramentas tecnológicas, como redes sociais e dispositivos eletrônicos, para criar um podcast. O projeto desenvolveu uma pesquisa metodológica para demonstrar a evolução da mulher na sociedade e no Direito, comparando as conquistas femininas ao longo do tempo.

Além de abordar as dificuldades enfrentadas pelas mulheres no campo jurídico, o estudo focou na disseminação de informações sobre a Economia Criativa como ferramenta crucial para a atuação profissional das juristas. A Educomunicação possibilita a emergência da participação social para a cidadania.

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Ivana Esteves

Graduada em Comunicação – Jornalismo / Ufes (1990), licenciada em Pedagogia Ipemig/ MG (2022), Pós-Graduação em Marketing, Faesa (2000), Mestrado em Letras pela Ufes (2004), e é Doutora em Letras pela Ufes (2015), Pós- doutora em Educação na Unesp/PP/SP (2017). Licencianda em Letras (Ifes) e cursando complementação pedagógica na Estácio. Atua em Educação para a Mídia (Educomunicação), e na formação de professores da rede pública e privada.