Provavelmente, se você é um defensor dos direitos naturais, ouviu falar a seguinte oração: “O preço da liberdade é a eterna vigilância”. E assim como muitos, você pode ter se questionado pelo o motivo de tal afirmação, visto que julga ser translúcida a essencialidade de ser livre. Esse é o pensamento infantil, porém justificável, quando se está dando os primeiros passos no desenvolvimento da sua cosmovisão, pois todos os que perpassam a juventude das ideias tendem a julgar que tudo é muito óbvio, basta apenas pensar. E esse é exatamente o ponto do pressuposto, o pensar, principalmente, se tratando dos tempos pós modernos, extremamente fluidos, voláteis e imergidos na subjetividade e no relativismo. Os indivíduos não pensam de forma espontânea, pois existe a necessidade da provocação, o estímulo do córtex pré-frontal, a virada de chave do modo sobrevivência para Iluminismo pós-moderno, traz à tona os ideais de John Locke para o debate diário, aos quais defendiam a liberdade individual baseada nos pilares da vida e propriedade.
Todo ser humano possui direitos fundamentais, possui sua própria vida, sua propriedade e sua liberdade para agir da forma que preterir, dentre as responsabilidades que deve assumir como um ser social e racional. No momento que é extinta essa capacidade de pensar, a similaridade com um mero animal quadrúpede ou bípede é questão de detalhes mínimos.
Essa discussão de “penso, logo, existo” não surgiu apenas de Descartes, mesmo que controverso ao liberalismo, o ato de pensar e raciocinar torna o individuo um ser capaz de vivenciar sua liberdade em grau máximo. No entanto, quando não o faz, aqueles que buscam o domínio através da força conseguem manipular a verdade factível e torná-la suscetível à própria conveniência. Por assim resumir, os que conseguem criticar a veracidade desses absurdos coletivistas, os quais não se iniciaram em Marx e Angels, mas desde tempos antigos, a extinção da liberdade de todos para estabelecimento do domínio de alguns, sempre foi o objetivo dos maus. Nesse contexto, surgiram figuras que deram nome e significado à liberdade, além de toda uma filosofia embasada na realidade, a qual é premissa para
discurso e propagação de todos os atalaias dos conceitos liberais. Defender a liberdade é uma necessidade, pois a dominação das grandes massas tornou o indivíduo altamente suscetível a quaisquer ideias que absorvam sua liberdade em prol de nada mais, e nada menos, do que a sobrevivência. O caminho da prosperidade está pavimentado pelas ideias libertárias, contudo, sempre haverá aqueles que desejam o caminho da dominação pelo medo, ódio e força. Mas esse pavimento é a opção daqueles que não detém as ideias estruturadas e concretas para defender sua integridade sem a opressão. Ou possuem um total controle, a ponto de minar a capacidade de defesa de alguém que desejam atacar.
Por fim, ser um defensor da liberdade é uma obrigação para aqueles que, de fato, acreditam no direito natural desse valor e compreendem que existem pessoas más no mundo. Logo, defender a liberdade é uma questão de tornar perene o mundo livre, é questão de vida ou morte.Logo, não será quem me permitirá, mas sim quem não me impedirá de defender a liberdade, se necessário, com a própria vida.