Ser a figura de referência de uma equipe é algo desafiador, exige um grau de comprometimento altíssimo, uma postura impecável e capacidade de enxergar além do presente. Obviamente, os louros de ouro oriundos da patente, todos almejam, invejam ou desdenham. Entretanto, a maioria desconhece os sacrifícios, a cobrança e a pressão inerentes à posição, independentemente do grau hierárquico ou o tamanho da equipe. Esse cenário pode existir em qualquer lugar, menos com as pessoas da sua equipe, pois a liderança precisa desenvolver relacionamento com todos os membros do time. Esse quesito é um diferencial para os líderes que estão comprometidos em desenvolver uma equipe de alta performance, pois sem conhecer a individualidade, é impossível guiar as pessoas a um estado futuro promissor.
Na atualidade, principalmente após a pandemia do Covid-19, a aceleração da inserção tecnológica em todos os segmentos econômicos obrigou os gestores a serem cada vez mais versáteis para adaptar sua pedagogia de ensino, coaching e mentoria para cada membro. É importante aprofundar-se no conhecimento sobre o colaborador, desde questões comportamentais até valores, propósitos e metas pessoais, pois esses pontos serão a chave do sucesso para as portas que deseja abrir.
Os resultados são realizados pelas pessoas que compõem cada equipe sob a gestão do líder portanto, é necessário um planejamento para o desenvolvimento individual do colaborador, justamente para que exista um alinhamento de valores, propósito e objetivos.
O líder situacional vai além de alguém que entende como é o perfil predominante de cada colaborador. Existe a busca pela imersão na vida daquela pessoa, para tornar o planejamento mais alinhado à realidade e menos frustrante para ambas as partes envolvidas. Esses são os 4 tipos de liderança situacional e como você deve se adaptar ao colaborador:
Direção: concedendo um acompanhamento mais constante, com riqueza de detalhes e ensinando o tempo inteiro. Pessoas de baixa performance, porém alto engajamento e comprometimento.
Orientação: fase de transição, logo, concede mais autonomia, no entanto, continua acompanhando de forma contínua e auxilia na confecção de forma orientativa. Nessa etapa, o líder permanece na condução, mas o colaborador executa.
Apoio: essa etapa é chave para evolução, pois é necessário que o líder permita o “erro”, justamente para gerar o aprendizado. Esteja como um apoio, mas intervindo o mínimo possível, pois o colaborador é mais maturo e tem ciência dos objetivos e metas.
Delegação: esse colaborador é autônomo, autoresponsável e entende o propósito da equipe, assim como tem o seu claro. Existem pontos de controle para ajustes pontuais, mas, trabalha-se com metas e prazos, pois cada um sabe seu papel e responsabilidade.
Para conseguir identificar essa etapa dos membros do time, é importante se planejar, pois exige tempo, energia e paciência. A gestão de pessoas é uma tarefa dificílima, mas, é recompensadora, principalmente quando todos os colaboradores entendem o propósito e a jornada do desenvolvimento. Na atualidade, os gestores precisam se adequar à nova geração, que carece dessa mentoria mais personalizada, visto as deficiências estruturais sociais predominantes. A caminhada da liderança é evolutiva, logo, o líder que não se adapta tende a perder seu espaço no mundo corporativo. Não é o caminho de tornar as pessoas iguais, tampouco líderes “quadrados”, mas se moldar ao indivíduo para potencializar suas habilidades e características, pois a individualidade é um dos atributos essenciais para o crescimento do negócio.
Uma cultura bem construída em torno da heterogeneidade dos colaboradores, sendo direcionada por líderes situacionais, tende a ser um negócio de sucesso. Basta observar todos os grandes negócios, principalmente os de tecnologia, o perfil em T, ou seja, especialistas mas com versatilidade em outros campos de conhecimento, são os mais buscados e predominantes. Essa realidade foi possível porque os grandes líderes entenderam como desenvolver pessoas para serem assim. Portanto, o sucesso de um negócio está totalmente ligado à mentalidade do seu líder máximo e como esse se comporta para formação de outros propagadores dos seus valores e ideias. O líder situacional é o que sempre perdurará, pois é como a natureza, sempre se adapta para continuar existindo. O líder adaptável torna perene o negócio de sucesso.