Não são poucas as preocupações levantadas acerca do fenômeno da globalização e seu impacto em culturas locais. Nesse contexto, as multinacionais são frequentemente colocadas no banco dos réus, acusadas de promover um novo tipo de colonialismo: o colonialismo cultural. Por outro lado, vozes se levantam para apresentar uma realidade diferente, na qual a atuação dessas empresas pode, de fato, enriquecer a diversidade cultural e impulsionar o desenvolvimento econômico nos países em que operam.
Uma das contribuições mais visíveis das multinacionais é sua participação no desenvolvimento econômico dos países nos quais se instalam. Por meio de investimentos diretos, criação de empregos, e desenvolvimento de infraestrutura, tais organizações oferecem oportunidades que podem ser escassas localmente.
Ainda, ao integrarem os mercados locais na economia global, facilitam o acesso a novas tecnologias, metodologias e práticas gerenciais, o que contribui para a melhoria nos serviços ou produtos fornecidos para a população, para uma maior qualidade de vida e para um aumento na renda da população local.
Outro ponto frequentemente ignorado é a transferência de conhecimento e a promoção da inovação. Multinacionais trazem consigo não apenas avanços tecnológicos, mas também metodologias de trabalho que podem aumentar a eficiência e a produtividade. Essa troca de conhecimentos beneficia os trabalhadores locais, que adquirem novas habilidades e conhecimento que não estavam ao seu alcance antes do início do novo empreendimento.
Pelo caráter global de tais organizações, o conhecimento e tecnologias geradas são exponencializados, por meio da soma de aprendizagem, experiências e descobertas oriundas de suas operações e colaboradores ao redro do mundo.
Ao contrário dos que argumentam apontando um suposto colonialismo cultural por parte das multinacionais, muitas destas empresas têm promovido a diversidade e o enriquecimento cultural nas localidades em se instalam. Por exemplo, ao adaptar seus produtos e serviços às preferências locais, essas empresas não apenas respeitam, mas também valorizam as diferenças culturais.
A troca de cultura, experiência, conhecimento e técnicas entre empreendimentos e as sociedades nas quais se instalam beneficia tanto a corporação quanto a comunidade local. Ao promoverem o desenvolvimento econômico, a inovação e a diversidade cultural, corporações globais contribuem para uma interação rica e mutuamente benéfica entre culturas.