No debate entre o mercado, guiado pelas escolhas livres de consumidores, e a economia planificada, orientada por decisões estatais, a produção de bens e a geração de riqueza são afetadas de maneira significativa. A orientação de mercado, impulsionada pelas preferências dos consumidores, é superior à economia planificada, ao proporcionar uma alocação de recursos mais eficiente, inovação constante e melhor qualidade dos produtos.

A economia de mercado se baseia em um princípio simples: a oferta e a demanda regem a produção e a distribuição de bens e serviços. Adam Smith[1], em sua obra “A Riqueza das Nações”, escrita no século XVIII, argumenta que existem forças “invisíveis” capazes de movimentar mercado de modo a promover sua máxima eficiência ao assegurar que os recursos sejam alocados para atender às necessidades e desejos dos consumidores.

A demanda de produtos e serviços por parte de consumidores, alinhada à capacidade do mercado em atender tal demanda, influencia a concorrência entre empresas dispostas a suprir esta demanda, o que, por sua vez, as incentiva a melhorar a qualidade e reduzir custos de seus produtos e serviços, beneficiando diretamente os consumidores.

Em contraste com este cenário, a economia planificada é símbolo de ineficiência na alocação de recursos. A centralização do planejamento econômico ignora as informações dispersas que os preços (influenciados pela lógica da oferta versus demanda) de mercado fornecem, resultando em produção ineficiente, insuficiente ou extremamente excedente, além de desalinhada com as preferências dos consumidores.

A União Soviética fornece um exemplo histórico dos problemas associados à economia planificada. A tentativa de planejar a produção e distribuição de bens resultou em escassez generalizada, filas longas para produtos básicos e uma qualidade geralmente inferior de bens de consumo. Além disso, a coletivização forçada da agricultura contribuiu para a fome devastadora, como o Holodomor, na Ucrânia, na década de 1930, período no qual se estima que entre 7 e 10 milhões[2] de ucranianos morreram em decorrência da fome.

A produção de bens e a criação de riqueza são maximizadas em um sistema que valoriza a liberdade de escolha dos consumidores e a concorrência entre empresas. A economia de mercado oferece um mecanismo mais eficaz para atender às necessidades e desejos da população do que a economia planificada. A história e a análise econômica sugerem que, para uma produção eficiente e para evitar a escassez, a bússola da produção de bens deve ser orientada pelo livre mercado.

[1] SMITH, Adam. A riqueza das nações: investigação sobre sua natureza e suas causas. Tradução de Luiz João Baraúna. São Paulo: Nova Cultural, 1996.

[2]https://web.archive.org/web/20170313040724/https://repository.un.org/bitstream/handle/11176/246001/A_C.3_58_9-EN.pdf

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