Descubra a história de como pequenas abelhas estão inspirando pessoas.
Sensibilidade para perceber
Numa manhã fresca na Reserva Águia Branca, um banco solitário oferecia uma vista para a lagoa enquanto o sol nascia. Estava por lá produzindo o livro “Últimos Refúgios: Da Pedra Azul ao Forno Grande”, que mostra a riqueza da biodiversidade da região.
Enquanto me acomodava para contemplar a paisagem antes de entrar na trilha enquanto a equipe ainda se aprontava, um pequeno buraco no chão perto do banco capturou minha atenção.
Era a entrada para o mundo secreto das jataís-da-terra, pequenas abelhas nativas que escolheram este ponto improvável para chamar de lar.
As jataís-da-terra, conhecidas cientificamente como Paratrigona subnuda, escolhem o solo como lar, diferente de muitas outras abelhas. Elas são pequeninas inofensivas, pois são abelhas sem ferrão, nativas do Brasil.
Perigo à Vista
Durante minha observação, percebi que a colmeia estava sendo pisoteada por visitantes que, ignorantes da sua existência, posicionavam-se para fotografias. A necessidade de proteger essas abelhas tornou-se evidente.
Pequenos Seres, Grandes Lições
Ao perceber que a colmeia estava em perigo constante, decidi que era hora de agir. Uma simples observação transformou-se em um compromisso, iniciando um esforço para proteger essas criaturas tão facilmente ignoradas.
Com a ajuda de materiais simples, como estacas de madeira e barbante, eu e minha equipe criamos um cercado improvisado ao redor da entrada da colmeia. Esse ato de proteção visava não apenas salvar as abelhas mas também educar os visitantes sobre a importância de observar cuidadosamente onde pisam.
Uma Comunidade que Aprende e Ensina
Após a instalação do cercado, aproveitei para informar os funcionários da reserva sobre a presença da colmeia.
A resposta dos responsáveis pela reserva, foi linda! O local transformou-se em uma ação educativa, mostrando que o conhecimento e a sensibilidade podem moldar a realidade. Agora, a pequena colméia fazia parte do roteiro indicados para os visitantes.
Quando retornei à reserva em 2024, a visão da colmeia ainda protegida, agora com estruturas melhoradas e informações educativas (placa), reforçou a importância de nosso cuidado.
Inspiração para a Ação
Este relato de conservação não é apenas sobre abelhas ou uma colmeia; é sobre como cada um de nós pode agir de forma significativa. Como cada pequena ação pode ter repercussão muito positivas que nem esperamos.
Convido todos a visitarem a Reserva Águia Branca, a conhecerem esta história de resiliência e a se inspirarem a tomar ações que honrem e protejam nossa interconectada teia de vida.
Estando atentos e sensíveis a pequenos detalhes, como o momento que percebi as abelhas e seu sofrimento, podemos viver histórias que tocam nosso coração e nos inspiram para sermos pessoas melhores. Qualquer ação que, como civilização, nos afaste da barbárie, vale a pena!
Espero que tenham gostado de mais essa aventura!
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Por Leonardo Merçon
Fotógrafo e Cinegrafista de natureza, fundador do Instituto Últimos Refúgios, apaixonado pelo meio ambiente!
Junte-se a mim nesta incrível jornada de descobertas sobre a vida selvagem e veja mais histórias lindas que vivo estando sempre explorando a natureza. 🌳
O livro “Últimos Refúgios: De Pedra Azul ao Forno Grande”
Foi um projeto executado através da Lei de Incentivo à Cultura, realizado pelo Instituto Últimos Refúgios @ultimosrefugios , Secretaria Especial de Cultura e Ministério do Turismo, com patrocínio do Grupo Águia Branca ( @grupoaguiabranca Reserva Águia Branca] ), Medsênior ( @medsenior_ig ) e Diaço Distribuidora de Aço S/A ( @grupodiaco ); e apoio do Instituto Estadual do Meio Ambiente ( @meioambientees ), Reserva Ambiental Águia Branca ( Reserva Águia Branca] ), Parque Estadual da Pedra Azul ( @pe.pedraazul ), Parque Estadual do Forno Grande ( @pe.fornogrande ), Ecoparque Pedra Azul Aventura ( @ecoparque_pedra_azul_aventura ), Instituto O Canal ( @institutoocanal ), MAKNA e Ripple Essentials ( @useripple ).