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Saúde em Fórum

por Dra. Alice Sarcinelli

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Cirurgia Robótica no Brasil, ainda para poucos

Publicado em .

A coluna “Saúde em Fórum” traz um tema muito em alta nos dias de hoje que é a cirurgia robótica. Quem vai explicar os desafios e expectativas para esse avanço na Medicina é o doutor Alberto Büge Stein, cirurgião do aparelho digestivo, pós-graduando em “Surgical Leadership”, pela Harvard Medical School, nos Estados Unidos.

Tecnologia e Medicina

Cirurgias feitas por robô sempre passearam pelo imaginário dos amantes de ficção científica, a diferença é que agora a cirurgia robótica já se tornou rotina em várias partes do mundo. Com um mercado mundial em 2023 estimado em 2.84 Bilhões de dólares e crescimento para os próximos dez anos podendo alcançar oito Bilhões de dólares, a cirurgia Robótica vai estar presente cada dia mais na rotina dos hospitais, cirurgiões e pacientes. Com visão tridimensional, liberdade de movimentos que imita a mão humana, eliminação dos tremores, maior precisão ao manipular os tecidos, com recuperação mais rápida e menor dor pós operatória, a cirurgia Robótica pode melhorar a qualidade da cirurgia e oferecer uma recuperação acelerada ao paciente. A quebra da patente nos últimos anos motivou a competição pelo mercado e estamos presenciando o lançamento de novas plataformas a cada momento que prometem baratear os elevados custos de aquisição e manutenção das plataformas. A cirurgia robótica está presente no Brasil há cerca de 15 anos, inicialmente limitada ao eixo Rio-São Paulo. Nos últimos cinco anos, o número de plataformas robóticas ultrapassou 100, distribuídas pelo País, com mais de 120 mil cirurgias realizadas no Brasil. No Espírito Santo, já existem três plataformas robóticas sendo duas na Capital Vitória e uma em Cachoeiro do Itapemirim, com mais de 1500 cirurgias realizadas. Ainda com custos por procedimento elevados e sem obrigatoriedade de cobertura pelos planos de Saúde, o crescimento do número de cirurgias esbarra no custo, que promete cair com a competição. O maior desafio dos gestores, profissionais da saúde e empresas fornecedoras dos sistemas robóticos é montar um modelo sustentável para que a cirurgia robótica possa alcançar a cada dia mais pacientes, pois a cirurgia robótica não é o futuro, já é o presente.