O papel positivo das startups na transformação do setor de saúde no Brasil
Publicado em .
As startups têm desempenhado um papel fundamental na transformação do setor de saúde no Brasil. Com a constante evolução da tecnologia, as chamadas healthtechs têm sido capazes de oferecer soluções inovadoras, que melhoram a qualidade dos serviços de saúde e tornam o acesso a eles mais democrático. Um estudo realizado pela Liga Ventures e a PwC mostrou que o número de healthtechs no país cresceu 16,1% entre 2019 e 2022, chegando a 596 empresas distribuídas em 35 categorias diferentes.
As categorias que se destacam são financiamento, gestão e processos e exames e diagnósticos. Essas empresas movimentaram R$ 1,79 bilhão em operações de fusões e aquisições no período analisado pelo estudo.
E os números são mesmo impressionantes. De acordo com dados recentes, o mercado global de saúde digital deve atingir US$ 639,4 bilhões até 2026, refletindo uma taxa de crescimento anual de 22,9%. Startups que oferecem soluções de telemedicina, por exemplo, viram um aumento notável durante a pandemia, com um crescimento de mais de 80% nas consultas virtuais em 2020, segundo relatórios da indústria.
No campo da personalização dos cuidados de saúde, as startups estão utilizando algoritmos para criar abordagens terapêuticas específicas para cada paciente. Este enfoque personalizado não apenas melhora a qualidade dos tratamentos, mas também pode resultar em uma redução de até 30% nos custos de cuidados de saúde a longo prazo.
Contudo, é importante considerar desafios regulatórios e éticos que surgem com essas inovações, bem como garantir que a acessibilidade aos serviços não seja comprometida. A medida em que as startups continuam a moldar o setor de saúde, a colaboração com profissionais estabelecidos e a busca por soluções sustentáveis são fundamentais para garantir uma transformação equitativa e benéfica para todos os envolvidos.