A moda inclusiva propõe o desenvolvimento de vestuários, calçados e acessórios adequados a mobilidade, ergonomia e conforto da pessoa com deficiência. Dessa forma, são criados novos modelos, costumes e métodos pensados nas características e necessidades pessoais de pessoas com deficiência. Esta necessidade de expressão é inerente a todos. Faz parte do sentimento de pertencimento e identificação.
A moda é para todos?
Muitas vezes a moda não é feita para todas as pessoas. Uma pessoa com deficiência pode demorar, em média, até 2 horas e meia para se vestir sozinha. Esta adversidade faz com que muitas pessoas deixem de sair, acarretando isolamento e impactos na vida social e saúde psicológica. A moda inclusiva passou a ser pensada não apenas para se adaptar aos diferentes tipos de corpos e restrições, mas também para ser usada por quem não possui nenhum grau de deficiência.
Adaptações e áudio descrições garantem que a peça possa chegar a todos e que exista, principalmente, o poder da escolha.
Simples adequações incluem:
• Camisas sociais com fechamento em velcro. Os botões são mantidos, mas apenas com fins estéticos
• Etiquetas em braile
•Bolsos para cadeirantes. Isto é, os bolsos são colocados em locais que sejam acessíveis, como a parte frontal da calça
• Calças jeans com elástico
• Barra da calça com maior elasticidade
• Cós alto
• Tamanho correto de peças para quem tem membros amputados
• Tecidos respiráveis para evitar escaras
As marcas brasileiras tem investido nesse segmento
Algumas marcas nacionais trabalham neste segmento e vale a pena conhecer como: a Adapt& é a linha da Equal especialista em moda inclusiva. Adaptwear , Ária , Preguistê , Costuras do Imaginário. Moda Em Rodas por Heloisa Rocha jornalista, que em seu podcast, blog e redes sociais vem com muitos conteúdos sobre a moda inclusiva.
Já a estilista, consultora de estilo, palestrante do TEDx e idealizadora do projeto Meu Corpo Real Michele Simões, também compartilha conteúdos relevantes e sempre com muita autenticidade.
São dicas para que possamos conhecer estes trabalhos.
Em resumo, a moda inclusiva de 2024 será uma celebração da diversidade, promovendo a inclusão de todos os tipos de corpos, idades e habilidades.
O futuro da moda está na inclusão. A indústria fashion está percebendo que a diversidade é essencial para criar uma sociedade mais justa e igualitária. Afinal, a moda tem o poder de influenciar a forma como nos vemos e como vemos os outros.
Edy Lopes é jornalista e estilista sustentável com mais de 30 anos no mercado da moda. Já atuou em grandes fábricas como Balãozinho, Anarquia, trabalhou na Agência Enfoque MKT, onde uma das funções era selecionar figurinos para programas e novelas das emissoras de TV aberta.
Atualmente continua seu trabalho autoral de reuso criativo, tem o projeto terapia no cabide é uma das founders do Breshow Vix , Manas Produções e Eventos e uma das idealizadoras do evento EU amo BRECHÓ.
Jornalista conceituada, foi uma das precursoras das colunas de moda de sites como O Tosko , Cláudia Manhães, revista Bem Viver, entre outros. foi colunista do Jornal Notícia Agora e apresentadora de TV
Edy Lopes chega na coluna para entregar temas relevantes, curiosidades, bastidores, novidades , atualidades, moda sustentável , circular e um novo olhar mostrando que a moda com propósito e conceito são fundamentais para que possamos trabalhar nosso autoconhecimento e mostrar que moda não é só o “look do dia” .