Formação cívica dos estudantes
No Brasil, a ausência de educação política no currículo escolar é uma realidade que levanta questões importantes sobre a formação cívica dos estudantes. Diferentemente de outros países que reconhecem a importância de instruir os jovens sobre os princípios e funcionamento do sistema político, o Brasil enfrenta muitos desafios nesse aspecto.
Ao deixar de preparar os estudantes para entender e participar ativamente na política, perdemos a oportunidade de cultivar cidadãos informados e engajados. Ao apresentar a política como uma disciplina fundamental, sem viés ideológico, contribuímos para a formação de indivíduos capazes de tomar decisões coletivas para o bem comum.
Educação política é diferente de doutrinamento
A educação política, apesar das diferentes concepções sobre tais atividades, pode ser compreendida como a produção de programas e atividades contínuos voltados à sociedade civil, tendo como elemento central a dimensão da neutralidade e da defesa da pluralidade e da liberdade individual, sem apresentar interpelações ou diretrizes ideológicas, calcados na ética suprapartidária.
Já o doutrinamento político pode ser definido a partir de ações guiadas por princípios e valores doutrinários específicos e que impactam o processo de compreensão e atuação política dos participantes de forma a apresentar posicionamentos específicos frente a determinados temas.
Esta lacuna limita a entrada de pessoas com boas ideias na política.
Países como Canadá, Alemanha e Austrália integram a educação política em seus currículos, proporcionando aos estudantes uma compreensão sólida das estruturas governamentais e incentivando o envolvimento cívico desde cedo.
Essa abordagem contribui não apenas para uma participação mais informada na vida política, mas também para a construção de uma cidadania ativa e consciente. A inserção da educação política no currículo escolar brasileiro poderia ser um passo crucial para formar cidadãos capazes de compreender, questionar e contribuir de maneira significativa para o desenvolvimento da sociedade. Os jovens precisam saber os seus deveres, os seus direitos, e o papel de cada parlamentar do País.
Leizielle Marçal Dionizio, apaixonada por Jesus e feminista, não femista. Servidora Pública há 15 anos, Gestora de Unidades Prisionais no Estado há mais de uma década. Empresária, com marca voltada para mulheres e protagonismo delas, com âmbito social. Graduanda em Gestão Publica, Psicologia e pós-graduanda em Liderança e Gestão de Equipes, possui certificação da Universidade de Harvard em Resposta Humanitária a Conflitos Atuais, além de outros correlatos.