Porque o trabalho doméstico é desvalorizado?

Trabalho doméstico é todo dia

Se tem uma coisa que não entra na minha cabeça é o entendimento de como
um serviço tão, mas tão importante para a nosso desenvolvimento humano, em
sociedade, e em família, pode ser tão pouco valorizado.
E basta parar apenas um minutinho o que estamos fazendo para compreender
o quanto nosso funcionamento mental, social e físico depende de uma boa
gestão da nossa casa.
Para que possamos sobreviver ao dia a dia é imprescindível que tenhamos
condições mínimas de higiene, saúde e rotina em nossos lares. Ao acordar, por
exemplo, precisamos fazer nossa primeira refeição e nos arrumarmos para
prontamente sair de casa. E, logo mais, após o dia cansativo de trabalho, nada
mais justo do que retornar para um lar acolhedor, receptivo, cheiroso e
organizado.

Uma casa que funcione de verdade

Para isso, resta evidente que precisamos de uma casa que funcione conforme
as nossas necessidades.
Olhando para o nosso passado, temos que o serviço doméstico sempre esteve
presente na sociedade. E o nosso país possui, sim, um triste histórico. Nos
quase quatro séculos de escravidão vivida no Brasil, as mulheres negras
sempre estiveram à frente da organização dos lares dos mais favorecidos. E,
mesmo passados mais de 130 anos da abolição da escravidão no Brasil, ainda
são perceptíveis, atualmente, resquícios de pobreza, violência e discriminação
racial nessa classe de trabalhadores.
A realidade é que aqueles que hoje possuem a atividade doméstica como
profissões convivem em uma sociedade que ainda não valoriza a real
importância desse trabalho. E até mesmo para aquelas mulheres que exercem
o serviço de casa sem auxílio de profissional o panorama é desafiador porque
nem a profissional doméstica, nem a dona de casa, são valorizadas como
deveriam.

Leis trabalhistas

Em termos trabalhistas, nossa Constituição Federal, só em 2015, ampliou os
direitos dos trabalhadores domésticos que, antes, garantiam apenas 09 dos 34
prescritos para as demais profissões. E, mesmo atualmente, estamos longe de
darmos a essa classe uma condição confortável de vida. A verdade é que
esses trabalhadores não vivem, apenas sobrevivem.
Apesar de alguns avanços, é certo que a categoria de empregados do lar
segue desmotivada e sem perspectiva. Com o atual aumento dos programas

de bolsas governamentais para cidadãos sem registro em carteira profissional,
muitos trabalhadores não se interessam mais ter suas carteiras assinadas,
consolidando um panorama ainda mais difícil para a prestação desse precioso
serviço.

Gestoras do lar

A notícia boa é que como gestoras do lar, sendo donas de casa ou patroas,
podemos transformar essa realidade. A verdade é que devemos ter uma ótima
relação, não de amizade, mas de parceria com nossas colaboradoras
domésticas.
O primeiro ponto que devemos investir é no bom diálogo. Como em qualquer
relação entre duas pessoas, esse é o elo mais essencial, mais importante, para
desenvolvimento de uma relação. Comunicação clara, respeitosa e verdadeira.
Sempre. De lá para cá e daqui para lá.
Estimule, converse, reserve um tempo (que eu sei que é precioso) para
dialogar com sua funcionária. Explique como você gosta do serviço, as suas
expectativas. Deixe ela a vontade para também te dizer o que ela espera do
trabalho. Construa bases para uma conversa simples e acessível. Sim, ela
também deve ter suas expectativas atendidas. A razoabilidade será a base de
tudo.
É bem simples, mas a gente se esquece: o outro não sabe o que a gente
pensa. Vou dar um exemplo:
– “Fulana, eu gosto da casa bem limpa e cheirosa, tá bom?”
– “Tá ótimo dona patroa, vou caprichar.”
Ao final do dia, dona patroa chega em casa, os móveis estão cheios de poeira,
mas o chão brilhando e a casa com um cheiro insuportável de aromatizador de
ar de banheiro.
A funcionária fez o que a patroa lhe pediu, pois, conforme a história de vida
dela, os conceitos que ela carrega, a casa ficou sim, limpa e cheirosa.
Ora meu caro leitor, o que é “limpo e cheiroso” para mim pode não ser o
mesmo “limpo e cheiroso” para você. A conta é simples. E se a contratante não
reservar um tempo para de fato explicar, ensinar e talvez demonstrar como ela
quer que o serviço seja feito, o outro não é obrigado a adivinhar. Afinal,
ninguém tem bola de cristal.
Portanto, se você, patroa, não tem tempo, não tem jeito, não sabe ou
simplesmente não quer atuar no papel de “professora” da sua colaboradora

doméstica, saiba que agora você já pode contar com uma equipe profissional
para fazer isso para você.

A valorização do serviço doméstico

A valorização do serviço doméstico deve ser estimulada, começando dentro de
nossas casas. Eu te convido a olhar para sua residência com mais amor, com
mais compreensão, reconhecendo a importância do seu bom gerenciamento
para a qualidade de vida de toda a família. A partir dai, a valorização do seu
serviço como dona de casa ou do serviço da sua funcionária vai ser um passo
natural, para você e para o restante da família.
Experimente e depois me conta, combinado?

Personal Organizer certificada por empresas de referência no Brasil no mercado de organização.
Com especializações no Mercado de Luxo e Mudança Residencial, desde 2018 venho proporcionando aos meus clientes a experiência única de viver com praticidade e eficiência sem abrir mão da elegância, da sofisticação e do belo. Conte comigo para você viver bem e melhor.