Crédito: ONU
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O TSE abriu prazo até 22 de agosto para que eleitores com deficiência ou mobilidade reduzida solicitem transferência temporária de seção eleitoral
Estatísticas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indicam que, em 2024, 1,4 milhão de cidadãos declararam possuir algum tipo de deficiência e precisar de condições especiais para votar. Esse número representa um aumento de 25% em relação a 2020, quando 1,1 milhão de eleitores com deficiência foram registrados pelo TSE.
Em resposta a esse crescimento, a Justiça Eleitoral brasileira tem adotado medidas para tornar o processo eleitoral mais inclusivo. Atualmente, o TSE abriu prazo até 22 de agosto para que eleitores com deficiência ou mobilidade reduzida solicitem transferência temporária de seção eleitoral, permitindo que votem em outubro. O benefício também se estende a pessoas indígenas, quilombolas, integrantes de comunidades tradicionais ou residentes de assentamentos rurais.
Para a votação de 2024, foram introduzidos recursos tecnológicos de inclusão. Uma nova ferramenta de Inteligência Artificial, chamada Letícia, vai auxiliar eleitores com deficiência visual, informando o cargo em votação, os números digitados e o nome do candidato escolhido. Além disso, as urnas contarão com intérprete de Libras para melhorar a experiência de voto dos cidadãos com deficiência auditiva.
Apesar dos avanços, ainda há desafios, como a falta de acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida, evidenciada por dificuldades de acesso às urnas devido a calçadas esburacadas e presença de escadas em prédios de votação. Candidatos que representam minorias frequentemente enfrentam limitações de recursos e infraestrutura, dificultando a execução de suas campanhas.
