Crédito: Freepik
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O estudo utilizou microcérebros gerados a partir de células-tronco de crianças com e sem autismo
Um estudo da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, trouxe novos dados sobre a variação dos sintomas do transtorno do espectro autista (TEA), que pode se manifestar de maneiras diferentes entre as pessoas. Alguns indivíduos com TEA apresentam sintomas leves, enquanto outros enfrentam dificuldades significativas em áreas como interação social, linguagem e cognição.
A pesquisa, publicada na revista Molecular Autism, examinou a relação entre o crescimento cerebral e a gravidade dos sintomas do TEA. Utilizando microcérebros gerados em laboratório a partir de células-tronco de crianças com e sem autismo, os cientistas observaram que os organoides das crianças autistas apresentaram um crescimento cerca de 40% maior em comparação com os de crianças neurotípicas. Esse crescimento foi mais evidente em casos de autismo nível 3, enquanto crianças com sintomas mais leves mostraram um aumento menor.
Os pesquisadores identificaram uma possível causa: a redução dos níveis da proteína NDEL1 nos organoides de crianças com TEA, o que parece estar ligado ao crescimento cerebral desregulado. Eric Courchesne, autor principal do estudo, apontou que o tamanho dos microcérebros na fase embrionária se relaciona com a intensidade dos sintomas sociais do TEA.
Essas descobertas contribuem para o avanço do conhecimento sobre o autismo e podem impulsionar futuras pesquisas e novas abordagens terapêuticas.