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Voz da inclusão

por Feapaes-ES

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Rio Grande do Sul

Mobilização em apoio às vítimas da catástrofe no Rio Grande do Sul

Pessoas com deficiência ficam especialmente vulneráveis em situações de calamidade.

O Estatuto da Pessoa com Deficiência garante prioridade

O Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC), através da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNDPD) e do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade), manifestou solidariedade às vítimas da recente catástrofe socioambiental no Rio Grande do Sul. A pasta reafirmou seu compromisso com a garantia dos direitos humanos e a preservação da vida em meio à tragédia. Mobilização e Prioridades Com cerca de 500 pessoas com deficiência em Canoas necessitando de ajuda emergencial, a SNDPD está trabalhando com outros órgãos governamentais e a sociedade civil para fornecer assistência imediata. A tragédia afeta 336 municípios, e a demanda por equipamentos de mobilidade e tecnologias assistivas é urgente. Canais de Emergência O Disque 100 está disponibilizando novos canais para resgate, localização de desaparecidos e coordenação de doações e voluntariado. O serviço pode ser acessado 24 horas por dia, gratuitamente, com instruções específicas ao discar 0 após ligar para o número. Força-Tarefa A SNDPD e o Conade integram uma força-tarefa colaborando com os municípios para garantir acolhimento e suporte nas áreas de saúde e educação, especialmente para as pessoas com deficiência. A secretaria mantém diálogo contínuo com autoridades locais e Conselhos Estaduais e Municipais para assegurar o atendimento prioritário e a distribuição de equipamentos necessários. Marília Macêdo, fonoaudióloga e sócia da Clínica MedAdvance, destacou em entrevista ao Diário PCD a variedade de consequências que a tragédia pode ter sobre crianças autistas e sugeriu medidas para mitigar esses efeitos. "A redução da sobrecarga sensorial é de extrema importância, especialmente em momentos como este. É fundamental que as pessoas doem brinquedos silenciosos, abafadores de som e objetos que ajudem na regulação das crianças. Brinquedos macios, bolinhas de sabão, kits de desenhos e pinturas, brinquedos de encaixe, quebra-cabeças e jogos de memória, por exemplo, são recursos terapêuticos que auxiliam no desenvolvimento de habilidades como atenção, criatividade e na redução da ansiedade", explicou Macêdo. Ela também alertou que o constante ruído de alarmes, sirenes e o aumento do tráfego de veículos de emergência podem desencadear crises sensoriais em autistas com hipersensibilidade auditiva. "É necessário paciência e empatia para lidar com essas situações", afirmou a profissional. Cabe lembrar também o artigo 10 do Estatuto da Pessoa com Deficiência: "Compete ao poder público garantir a dignidade da pessoa com deficiência ao longo de toda a vida. Parágrafo único. Em situações de risco, emergência ou estado de calamidade pública, a pessoa com deficiência será considerada vulnerável, devendo o poder público adotar medidas para sua proteção e segurança".