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Voz da inclusão

por Feapaes-ES

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Maio laranja

Maio laranja também é para pessoas com deficiência

A violência sexual é uma forma particularmente prevalente, afetando uma em cada três pessoas com deficiência na vida adulta.

Acolhimento é essencial para vítimas de violência sexual

Os dados apresentados no Atlas da Violência 2023 do Ipea e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública são alarmantes e refletem uma realidade preocupante sobre a vulnerabilidade das pessoas com deficiência, especialmente no contexto brasileiro. A seguir, destacaremos os pontos principais e analisaremos suas implicações: Prevalência de Violência entre Pessoas com Deficiência Intelectual: A taxa de violência contra pessoas com deficiência intelectual é significativamente alta, com 27,9 notificações para cada 10 mil pessoas. A violência sexual é uma forma particularmente prevalente, afetando uma em cada três dessas pessoas na vida adulta. Vulnerabilidade de Crianças com Deficiência: Crianças com deficiência têm quase quatro vezes mais probabilidade de sofrer violência comparado a crianças sem deficiência e são quase três vezes mais propensas a sofrer violência sexual. As meninas estão em maior risco. Estudos Internacionais: Pesquisas em outras regiões, como o Fórum Africano de Políticas para Crianças, e estudos na Austrália, corroboram os altos índices de violência sexual contra pessoas com deficiência, destacando a universalidade do problema. Violência e Bullying Escolar: Crianças com deficiências sensoriais ou intelectuais são cinco vezes mais propensas a serem abusadas e sofrem significativamente com bullying escolar. Formas de Violência contra Meninas com Deficiência: A violência pode ser multifacetada, incluindo bullying, castigo físico, esterilização forçada e terapias violentas disfarçadas de tratamento. Risco Aumentado Fora da Escola: Meninas e jovens com deficiência estão mais vulneráveis à violência sexual quando estão fora do ambiente escolar, muitas vezes por vizinhos ou familiares que aproveitam a situação de isolamento. Dados sobre Estupros no Brasil: Em 2016, 10,3% das vítimas de estupro tinham alguma deficiência. Os casos de estupro coletivo também são notavelmente altos entre pessoas com deficiência. Subnotificação e Dificuldades de Denúncia: O Brasil enfrenta um problema crônico de subnotificação de estupros, exacerbado pela dificuldade adicional enfrentada pelas pessoas com deficiência em denunciar os crimes. Reincidência e Acessibilidade: A reincidência de violência é alta, com um número considerável de vítimas sendo abusadas repetidamente. A falta de acessibilidade aos locais de denúncia e o descrédito das vítimas dificultam ainda mais a busca por justiça e apoio. Consequências Psicológicas e Sociais: As vítimas muitas vezes não distinguem comportamentos sexuais apropriados e inapropriados devido à convivência com os agressores. Além disso, a falta de atendimento psicológico adequado agrava o trauma. A análise desses dados revela a urgência de políticas públicas mais efetivas para proteger pessoas com deficiência. Medidas incluem melhorar a acessibilidade para denúncia, oferecer apoio psicológico adequado, promover a educação inclusiva que combate o bullying, e desenvolver campanhas de conscientização que desmitifiquem e combatam a violência contra essa população vulnerável. Além disso, é crucial fortalecer as redes de proteção social e garantir que as leis existentes sejam efetivamente aplicadas para proteger os direitos e a dignidade das pessoas com deficiência.