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Voz da inclusão

por Feapaes-ES

Duas crianças autistas

Crédito: Freepik

Autismo

Conheça o Fenótipo Ampliado do Autismo

Crédito: Freepik

O FAA pode ajudar muitas famílias

Estudos recentes têm se debruçado sobre o autismo, definido pelo DSM-V como a presença de déficits persistentes na comunicação social e na interação social em múltiplos contextos, seja atualmente ou por histórico prévio. Observa-se que algumas crianças com autismo aparentam desenvolvimento típico até um ou dois anos de idade, quando, repentinamente, apresentam regressão nas habilidades linguísticas ou sociais previamente adquiridas.

Os sintomas do autismo variam, incluindo sensibilidade excessiva aos estímulos sensoriais, resposta emocional atípica a mudanças na rotina, movimentos corporais repetitivos e apego incomum a objetos. A intensidade desses sintomas pode variar de moderada a grave.

Com o aprofundamento dos estudos, foi identificado que pais ou irmãos de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) também apresentam comportamentos semelhantes, mas sem preencher os critérios completos para o diagnóstico do transtorno. Esse quadro é denominado Fenótipo Ampliado do Autismo (FAA), sugerindo uma possível hereditariedade do transtorno.

As primeiras pesquisas sobre o FAA datam de 1991, quando o autismo era visto como um distúrbio psicológico relacionado a problemas de relacionamento ou afetivos. Com o avanço da ciência, compreende-se atualmente que o transtorno tem uma base neurobiológica complexa e hereditária. Estudos indicam que certas características presentes em crianças com TEA também são observadas em parentes próximos, embora de forma mais leve, sem alcançar um diagnóstico completo de autismo. A prevalência do transtorno nas famílias varia de 12 a 30%, sendo mais comum em pais do sexo masculino.

Os sintomas do FAA incluem retraimento social, dificuldades de linguagem e comunicação, dificuldades cognitivas, rigidez social, resistência a mudanças, comportamentos repetitivos e rituais estereotipados. Esses sintomas podem se manifestar em diferentes graus e não há uma frequência específica dos mais recorrentes.

É crucial que parentes de pessoas com TEA busquem profissionais qualificados para evitar diagnósticos incorretos sobre o FAA. Uma avaliação adequada pode diferenciar entre sintomas patológicos, situacionais e individuais, facilitando tratamentos apropriados.

Os estudos sobre TEA e FAA resultaram em diversas ferramentas de avaliação, como instrumentos psicológicos, escalas, entrevistas e técnicas para diagnóstico diferencial. A avaliação cuidadosa é essencial para confirmar o diagnóstico de autismo e deve incluir uma investigação detalhada que pode ser estendida à família, oferecendo tratamentos personalizados e eficazes.

Há uma variedade de métodos de habilitação e desenvolvimento para pessoas com TEA e FAA, visando proporcionar uma boa qualidade de vida.