Os jogos de tabuleiro apresentam uma rotina rígida
Uma pesquisa realizada pela Universidade de Plymouth e pela Edge Hill University sugere que pessoas dentro do espectro autista (TEA) têm um interesse acima da média por jogos de tabuleiro, em comparação com a população geral. Estudos anteriores já indicavam essa preferência, com uma pesquisa mostrando que, apesar de pessoas com autismo representarem cerca de 1% da população, elas constituíam 7% dos participantes em jogos de tabuleiro.
Os pesquisadores conduziram entrevistas para entender os motivos por trás dessa tendência. Eles observaram que os jogos de tabuleiro podem ajudar a aliviar a ansiedade social, um sintoma comum entre pessoas com TEA. Além disso, a estrutura clara e as regras rígidas desses jogos foram apontadas como fatores que atraem esse público.
Entre os jogos mais apreciados pelos participantes da pesquisa estavam Codenames, Dixit, One Night Ultimate Werewolf e Spyfall. As regras e a previsibilidade desses jogos foram descritas pelos entrevistados como estimulantes e reconfortantes.
Os pesquisadores também observaram sessões de jogos em pequenos grupos, identificando que esses momentos contribuíam para a construção de independência e confiança, além de fortalecer relacionamentos sociais. O psicólogo Gray Atherton, da Universidade de Plymouth, destacou a importância de adaptar intervenções para atender às necessidades individuais das pessoas com autismo, visando maximizar os benefícios dessa forma de entretenimento.
