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Voz da inclusão

por Feapaes-ES

Garotinha com autismo

Crédito: Shutterstock

IA

IA na ajuda de diagnósticos de autismo

Crédito: Shutterstock

Cientistas criaram modelos de aprendizado que identificam diferentes padrões entre crianças autistas e não autistas

Uma equipe de pesquisadores na Suécia acredita que a inteligência artificial (IA) pode auxiliar no diagnóstico de crianças com autismo. Os cientistas afirmam que a pesquisa, que analisou milhares de participantes, alcançou uma precisão de cerca de 80%.

Essa não é a primeira tentativa de utilizar IA para diagnosticar autismo. Anteriormente, pesquisadores da University of South Australia exploraram o uso da tecnologia em exames de retina de crianças.

Desta vez, o sistema desenvolvido não realiza o diagnóstico de autismo diretamente, mas pode contribuir para a identificação precoce da probabilidade de transtorno do espectro autista, o que é considerado essencial para intervenções terapêuticas.

A equipe desenvolveu um sistema de triagem baseado em aprendizado de máquina, um tipo de inteligência artificial, que os cientistas acreditam ter uma precisão de aproximadamente 80%. Segundo Kristiina Tammimies, coautora do estudo realizado pelo Karolinska Institute na Suécia, o uso da IA pode permitir a identificação precoce de indivíduos com alta probabilidade de autismo, facilitando o diagnóstico e o acesso a tratamentos.

No estudo, publicado na Jama Network Open, os pesquisadores utilizaram dados do estudo norte-americano Spark (Simons Foundation Powering Autism Research), que incluiu informações de 15.330 crianças autistas e 15.300 crianças não autistas.

Os cientistas criaram modelos de aprendizado que identificam diferentes padrões entre crianças autistas e não autistas. O modelo mais promissor foi selecionado e testado em quase 12 mil participantes, dos quais 10.476 já tinham sido diagnosticados.

Os resultados indicaram que o modelo identificou corretamente 78% dos participantes, correspondendo a uma precisão de cerca de 80%. No entanto, os pesquisadores recomendaram cautela, destacando a existência de uma margem de erro de 20%.