Maio 2021
12
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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Como funcionará a unidade?

O setor de cacau está passando por um novo momento no mercado e a notícia de investimentos de pesquisas animou mais os cacauicultores. O ramo sofreu grandes perdas devido à doença vassoura de bruxa, e por isso vem se reinventando para conquistar novos mercados e competir internacionalmente. Ter a confirmação de investimento após momentos de dificuldades, traz esperanças aos mais de 70 mil produtores brasileiros na atividade, que integram um mercado que movimenta internamente cerca de R$ 14 bilhões.

 

A Umipi, ficará localizada em Ilhéus, no estado da Bahia, um dos líderes nacionais na produção do fruto. A inauguração foi feita pelo Mapa, por intermédio da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A ministra Tereza Cristina garantiu um investimento inicial de R$ 4,7 milhões para a entidade, que fortalecerá o desenvolvimento genético e controle de doenças e mais R$ 15 milhões em parcerias com a iniciativa privada nos próximos dois anos.

“O Brasil produz muito cacau, mas também consome muito cacau. Nossa produção é insuficiente para atender a demanda do nosso mercado interno. Nossa meta é buscar a autossuficiência até 2025. Para atingir essa meta, vamos trabalhar com todos os elos da cadeia produtiva. Somente com a união de esforços de toda a cadeia produtiva e o uso intensivo de tecnologia conseguiremos ampliar nossas ações e otimizar o uso de recursos humanos disponíveis”, disse a Ministra.

 

Paralelamente à criação da Umipi, foi instituído também o portfólio Cacau. A iniciativa é resultado de um grupo de trabalho formado por representantes de ambas as instituições, com o objetivo de elaborar propostas de projetos de pesquisa, a serem custeadas pelo Mapa. O novo portfólio é um dos 34 que embasam o atual modelo de gestão da Embrapa, dividido em grandes áreas de pesquisa.

Cacauicultura no ES

Historicamente, o Brasil esteve entre os dois maiores produtores mundiais de cacau, entretanto, teve sua produção reduzida, grandemente, com o surgimento da doença vassoura-de-bruxa, em 1989, causada pelo fungo Moniliophthora perniciosa. Hoje, segundo o Agrianual 2017, o Brasil encontra-se na produção mundial na 7º posição, com 256.186 toneladas e, em área colhida, na 5º posição com aproximadamente 700 mil hectares.  No ranking nacional o Espírito Santo está em 3º lugar, sendo destaque principalmente pela qualidade das amêndoas produzidas aqui, destacando-se nas cidades de Linhares, São Mateus, Colatina e João Neiva.

Essa iniciativa é importantíssima para todos os cacauicultores, pois a unidade mesmo sediada na Bahia irá ser importante para toda a cadeia produtiva do fruto e as pesquisas desenvolvidas ali serão de relevância desde o produtor,  a indústria do chocolate, tradings, o comércio, até os serviços no entorno desse produto que não pode mais ser visto como “commodity“. Por fim, isso refletirá nos consumidores finais, o melhor do cacau nacional.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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