Jun 2021
5
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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Movimentos no mercado criam novos desafios

É nesse cenário que a FBL Embalagens, a primeira fábrica de embalagem de ovos do Espírito Santo, conhecidas como crivos pelos capixabas, se insere. A empresa tem como objetivo atender à demanda local, visto que o estado é o segundo maior produtor de ovos do Brasil, representando 9,5% da produção total, de acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Com sede na Serra, a empresa está localizada a 80 quilômetros do maior polo produtor desse bem no estado, Santa Maria de Jetibá.

Com uma produção de 7,2 mil embalagens por hora, o resultado mensal chega a 4 milhões de crivos por mês. Em parceria com chineses, a empresa buscou adquirir a melhor tecnologia a fim de chegar a melhor qualidade, resistência e acabamento do mercado, buscando também a sustentabilidade, utilizando uma mistura de materiais recicláveis. Os insumos são jornais, caixas de papelão e os rejeitos de celulose das indústrias de papel, sendo essa composição patenteada.

“Para efeitos de comparação, o preço médio da tonelada de papelão era de R$400 a R$500 por tonelada. Hoje, os valores chegam a R$ 2 mil por tonelada. Uma das alternativas foi buscar a importação desse insumo, mas com o dólar e os preços dos fretes em alta, essa alternativa também não se tornou viável”, afirma Luiz Paulo Faustini, Diretor de Produção e Finanças da FBL Embalagens.

Do problema à solução

Nesse contexto, a FBL precisou procurar novas alternativas para solucionar o problema generalizado do setor. Uma alternativa foi aliar os esforços entre pesquisa científica do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) e iniciativa privada. “Estamos procurando uma parceria com o Ifes para, por meio de programas de iniciação científica, podermos trabalhar com alunos e alterarmos a mistura que compõe a nossa embalagem, diminuindo o uso de insumos que sofrem com altas de preços consideráveis nos últimos meses, como o papelão”, destaca.

“Além disso, outro objetivo é conseguir manter a qualidade da nossa embalagem frente às outras opções no mercado. Queremos reduzir os custos, mas sem perder a durabilidade, impermeabilidade e resistência, além de manter as embalagens ambientalmente corretas”, conclui.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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